Técnicos acreditam em milagre no resgate de Julen


Todos esperam um milagre. E é por esse milagre - o resgate com vida de Julen - que largas dezenas de operacionais trabalham dia e noite junto ao poço com mais de 100 metros de profundidade onde o menino de dois anos e meio caiu, no domingo, na serra de Totalán, em Málaga, Espanha. 



As autoridades garantiam esta sexta-feira, sexto dia de trabalhos, não poupar esforços. "É como se Julen fosse o filho de todos nós", sublinhou Ángel García Vidal, delegado da Ordem dos Engenheiros, acrescentando: "Esperamos poder ter o menino conosco antes de segunda-feira". 



Esta sexta-feira de manhã, chegou ao local a máquina perfuradora que irá permitir abrir dois túneis paralelos ao poço, e que foi desviada de uma obra em Madrid, a 500 quilômetros de Málaga. 

O processo complicou-se devido ao terreno acidentado, que atrasou a chegada da perfuradora de alta potência à serra, às previsões meteorológicas desfavoráveis e ao bloqueio causado por uma concentração de rocha "muito dura" no local das escavações. Obstáculos que Ángel García Vidal acredita virem a ser ultrapassados rapidamente, para que as operações avancem "a bom ritmo". 

O plano de socorro passa pela escavação de dois túneis paralelos ao poço onde o menino está encurralado. Assim que se atinja uma profundidade superior à do tampão de terra que bloqueia o acesso à criança, serão escavadas duas galerias de ligação entre os túneis e a zona onde as autoridades acreditam que se encontra Julen. 

Os meios de resgate mobilizados são considerados, pela imprensa espanhola, como "sem precedentes em Espanha e provavelmente em todo o Mundo". Estão empenhadas nos trabalhos mais de 300 pessoas, que se dividem em turnos para que nunca se pare de procurar Julen. 

Além das equipes de socorro espanholas, são muitas as empresas privadas que empregam meios na missão. Uma, de Múrcia, por exemplo, fabricou a contrarrelógio uma dezena de tubos de ferro especificamente para serem instalados nos dois túneis que poderão ajudar a salvar o menino. 

População oferece as próprias casas para equipes de resgate descansarem 

Desde que o caso foi tornado público, gerou-se uma onda de solidariedade à família de Julen. De vigílias junto ao perímetro das buscas a mensagens de conforto que se multiplicam e ultrapassam fronteiras nas redes sociais, a população de Totalán tenta confortar os pais do menino, que perderam um filho, Oliver, de três anos, em 2017, vítima de morte súbita. 

Numa povoação com cerca de 700 habitantes, não se olha a meios para ajudar os operacionais e muitos habitantes já ofereceram as suas casas para que estes descansem ou tomem banho. 

"Trabalhamos com delicadeza porque pode estar vivo" 

"Trabalhamos com muita delicadeza porque Julen pode estar vivo. Se se formou uma bolsa de ar e de água graças a um rio subterrâneo, um ser humano pode sobreviver 10 ou 12 dias. Até mais", diz um dos responsáveis pelas operações.

via CM Jornal

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