Papa Francisco disse nesta sexta-feira (4) que os casos de abusos sexuais acabaram com a credibilidade da Igreja Católica americana e pediu aos bispos dos Estados Unidos que se unam para enfrentar o escândalo.
A carta do Papa Francisco ao bispado americano não é só uma cobrança forte, mas praticamente uma sentença.
Por serem responsáveis pelo maior número de casos de abuso sexual na igreja, os representantes do clero dos Estados Unidos estão em retiro espiritual, proposto pelo próprio Francisco.
Na carta, o Papa pede uma conversão profunda, e não apenas estratégias, como se a igreja fosse uma organização comercial. O Papa exige uma mudança de mentalidade, que não esconda mais os padres e bispos pedófilos. O texto tem ainda passagens sobre poder e dinheiro, e sobre os excessos de ego entre os clérigos e reconhece os danos constantes que os abusos sexuais vêm causando às vítimas.
Em Chicago, algumas vítimas se reuniram com jornalistas e se queixaram da indiferença ao sofrimento deles.
“Em 1992, eu procurei a arquidiocese de Chicago; me disseram que o padre que tinha me molestado era um agostiniano, e que não tinha nada a ver com eles. Passei a não confiar mais em ninguém, o que realmente afeta muito a minha vida pessoal e profissional”, disse um homem.
Fevereiro será um mês decisivo para a questão dos abusos. Bispos do mundo inteiro estarão no Vaticano, junto com o Papa, para discutir o que fazer.
Antes que os danos causados à igreja se tornem irreparáveis, o Papa Francisco quer promover mudanças radicais nem que para isso precise reduzir ao estado laico muitos religiosos.
via G1
COMPARTILHE
Comentários
Postar um comentário
Faça aqui seu comentário