Casualmente assisti uma reportagem sobre a festa do Senhor do Bonfim, em Salvador. O apresentador destacou como positivo o lado sincretista da festa observando que dela participavam tanto católicos como seguidores do candomblé, pois para estes o Senhor do Bonfim é Oxalá, o orixá pai de todos os deuses. Porém, o que mais me entristeceu foi a declaração do padre: "Temos aqui um grande exemplo de convivência fraterna entre as religiões. Pois o Senhor do Bonfim de braços abertos acolhe a todos.”
Estaria eu enganado? Seria o Senhor do Bonfim o mesmo Jesus, o Cristo que disse aos apóstolos e ao povo que o ouvia: ” Pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Não, eu vos digo, mas a divisão. Pois de hoje em diante, numa casa com cinco pessoas estarão divididas três contra duas e duas contra três. (Lc 12, 51; Mt 10,34-35).
Leia também: [A suposta garota “grávida” do Padre Reginaldo Manzotti nem sequer existe]
Leia também: [A suposta garota “grávida” do Padre Reginaldo Manzotti nem sequer existe]
Teriam os primeiros cristãos se enganado ao preferir morrer do que acolher os deuses pagãos do Império romano? A não atender a suplica de pais, parentes e amigos para oferecer incenso aos deuses pagãos e desta foram salvar suas vidas? Seria o Jesus do Evangelho o mesmo Jesus do padre, que está de braços abertos para acolher a todos, inclusive a Oxalá? Fiquei confuso e escandalizado. E também triste. Porque provavelmente neste caso, eu seria o rejeitado, como causador de divisões e discórdias, se dissesse em Salvador, em plena festa do Senhor do Bonfim, que Oxalá e o Senhor do Bonfim não são e não podem ser o mesmo senhor.
Oxalá é uma entidade que expressa uma força da natureza. Um deus pai entre outros deuses. Neste caso não culpo o baiano simples, sem formação católica eficiente, pois nunca a recebeu e é cercado de terreiros por todos os lados desde os tempos da escravidão. Lamento, e muito, a oportunidade desperdiçada dos padres de catequizarem este povo. Nem admiro se muitos dos que vão à Igreja do Bom fim cultuar o Senhor do Bom fim e Oxalá, depois se tornem protestantes, por terem descoberto que Oxalá é um ídolo e que a Igreja (no caso os padres de lá ) nunca o alertaram sobre esta verdade.
Houve várias missas durante todo o dia de ontem na basílica do Senhor do Bom fim. Perdeu-se a providencial oportunidade de proclamar que Jesus é o único Senhor do Bom fim, por sua ressurreição gloriosa dentre os mortos. Mas nada tem a ver com Oxalá, um orixá que não existe. Uma entidade que pode acobertar um demônio, pois como disse o grande apóstolo Paulo, cultuar deuses falsos é cultuar demônios.”
Aquilo que os gentios imolam , eles oferecem aos demônios , e não a Deus. Ora, não quero que entreis em comunhão com os demônios.” (1Cor 10, 20). Sei quanto é difícil denunciar o sincretismo religioso no Brasil. Principalmente agora com toda esta promoção em defesa da africanidade, que se propõe até a ensinar as crenças das religiões africanas nas escolas.
Leia também: [14 maravilhas do poder da Santa Missa]
Leia também: [14 maravilhas do poder da Santa Missa]
Na verdade, o sincretismo é uma das armadilhas de Satanás infiltrado na Igreja, para causar a divisão e manchar o culto verdadeiro a Nosso Senhor Jesus Cristo. Porem, se é prudente evitar provocar discórdias entre crenças, não é proibido anunciar Jesus Cristo como o único Senhor e deixar bem claro que que entre ele e Oxalá nada há de comum.
Percebi que é isto que os padres de Salvador não fazem. Pelo contrário, o padre entrevistado elogiou essa mistura entre o Senhor do Bom fim e Oxalá. “Pois o Senhor do Bom fim de braços abertos não recebe a todos?” disse ele. A todos? Inclusive a Oxalá, o outro senhor pai de outros deuses? Que são os deuses dos pagãos se não ídolos? Estariam errados os missionários que destruíam templos pagãos e erguiam altares a Nosso Senhor Jesus Cristo? Errou o grande São Bento de Nurcia ao destruir o templo do deus Apolo para erguer no lugar o seu Mosteiro com a finalidade de adorar e servir o verdadeiro Senhor e Deus?
Estou angustiado e confuso perante esta situação. Antes os padres tinham a coragem de anunciar Cristo como único Salvador e Senhor. E se aproveitavam os costumes pagãos integrando-os na liturgia, esforçavam-se também, para eliminar toda referência ao deus cujo a forma de cultuar foi assimilada ao culto a Cristo e aos santos. Esta sim é a verdadeira enculturação.
Leia também: [Como um verdadeiro católico, você nunca deve dizer essas coisas a um sacerdote]
Leia também: [Como um verdadeiro católico, você nunca deve dizer essas coisas a um sacerdote]
Foi assim que a Virgem Maria destruiu o culto a todas as deusas, assumido nomes e imagens diferentes em cada cultura. Mas sempre se reforçou que se venerava a mãe de Cristo e não mais Isthar, Juno, Afrodite ou Ísis ao lado desta. A relação com Cristo era fundamental e reforçada. Hoje se prega a mistura, a convivência pacifica entre os ídolos e Cristo.
A paz que o mundo dar é esta. Mas não é a paz que Cristo dá. Pois esta só se torna realidade quando se ama Cristo e serve-se apenas a ele como único e soberano Senhor. Enfim, suplico a Nosso Senhor Jesus, que apesar de tudo, dos maus padres, dos católicos de nome, conceder-me dizer, ao fim da minha vida, o que disse Santa Teresa d´Avila: “Enfim, morro como Filho da Igreja.” E salvai, Ó Cristo, Salvador e o Brasil do Sincretismo".
Leia também: [Católicos devem acreditar nas previsões de futurólogos para o ano novo?]
Leia também: [Católicos devem acreditar nas previsões de futurólogos para o ano novo?]
Via Filhos de Deus
COMPARTILHE COM SEUS AMIGOS
Comentários
Postar um comentário
Faça aqui seu comentário