Dono de carro de luxo perdoa batida após jovem deixar bilhete com desculpas: 'uma questão de ética'


O psicólogo Carlos Pimenta, morador de Florianópolis, desistiu de fazer orçamento para consertar seu Porsche, arranhado sem querer por um jovem de 21 anos na última sexta-feira (4). Matheus Inácio Souza, de 21 anos, procurava uma vaga para estacionar quando acabou arranhando o carro de luxo. O rapaz deixou um bilhete se desculpando, com um telefone de contato.


A honestidade de Matheus comoveu o psicólogo, que não pretende cobrar que o rapaz pague pelo conserto. Ele contou que nem chegou a fazer orçamento para saber o valor do prejuízo. "Eu ia fazer no continente, que é mais barato do que na ilha, para ajudá-lo, quando a gente conversou na primeira vez. Mas acabei achando o dano tão insignificante que vou deixar", disse o psicólogo.

“Na verdade foi só um arranhão, em uma rua em que, provavelmente, ninguém viu o que aconteceu. Matheus não tinha motivo nenhum para ter essa atitude, foi só uma questão de ética. Temos que valorizar esse tipo de prática”, elogiou Carlos.



"Depois, uma outra hora, se por algum motivo eu encostar o para-choque ou for fazer alguma coisa por algum motivo, eu faço um polimento, sai tudo. Por enquanto vou deixar assim. Não tenho muito apego com isso", disse.

Até ser informado da decisão, Matheus seguia aguardando o orçamento. "O que eu posso fazer é agradecê-lo, desde o começo ele [Carlos] foi muito compreensivo, é bastante atencioso", diz o jovem. Questionado sobre como pagaria o conserto, Matheus afirma que "pesaria, sim. Mas acredito que ele iria parcelar sem problema".



'Fiquei assustado'

Matheus conta que estava em uma rua do bairro Santa Mônica tentando estacionar seu Prisma "modelo antigo", nas palavras dele, quando percebeu a batida. "Fui estacionar e em uma bobeira encostei meu carro no carro do Carlos", conta.

"Desci e fui ver o estrago, mas no meu não deu nada. Aí quando olhei o outro carro, era um Porsche. Fiquei assustado, né?".



Matheus lembra que chegou a entrar de volta em seu carro. "Algo me incomodou e mandou eu procurar o dono do carro, aí comecei a bater nas casas próximas de onde o carro estava estacionado", diz o jovem.

Morador deu ideia do bilhete

Ele conta que bateu em várias casas próximas, em busca do dono do carro, sem sucesso. "Foi aí que bati na casa de um senhor e ele me deu a ideia de deixar o bilhete".



A mensagem dizia: "Boa tarde. Meu nome é Matheus, acabei colidindo com o seu veículo. Tentei achar o senhor, mas não encontrei. O número do meu telefone é [...]. Espero o seu contato. Obrigado e desculpe".

"Escrevi e fui almoçar. Quando voltei o carro ainda estava ali. Eu tinha horário para entrar no serviço, fui embora", conta Matheus, que trabalha como assistente de apoio ao usuário e sonha em fazer faculdade de direito.


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Surpreso, o psicólogo ligou para o número escrito no bilhete. “Ele foi muito responsável, disse que apesar de o carro ser importado e ele ganhar pouco não fugiria da responsabilidade. Embora eu tenha dito que vou procurar um orçamento, não vou levar para conserto, esse valor não fará diferença na minha vida, mas a atitude dele fez”, relatou.


"Fiz só a minha parte", diz Matheus.

Via G1
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