Nono Mandamento: “Não cobiçar as coisas alheias”


E Jesus disse: “Todo aquele que olhar para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,28). Cristo quer cortar o mal pela raiz porque o pecado nasce no pensamento.



São João distingue três espécies de cobiça ou concupiscência: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Conforme a tradição catequética católica, o nono mandamento proíbe a concupiscência carnal; o décimo proíbe a concupiscência dos bens alheios.



A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus. A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.

Todo batizado deve lutar contra a concupiscência da carne e as tendências desordenadas das baixas paixões, que são fruto do pecado original. Com a graça de Deus, podemos e devemos alcançar a pureza do coração, pela virtude e pela castidade, pois ela permite amar com um coração reto. A vida de pureza se consegue vivendo o conselho de Jesus: “Vigiai e orai, pois o espírito é forte, mas a carne é fraca” (Mt 26, 41). Uma fuga “heroica” é a do pecado; pois “quem ama o perigo nele perecerá”. Sabemos que “a ocasião faz o ladrão”; logo, a prudência manda fugir do perigo.

Pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentimentos e da imaginação; pela recusa de toda complacência nos pensamentos impuros que tendem a desviar do caminho dos mandamentos divinos, pode-se cultivar uma vida de pureza e santidade. Isto exige fugir de toda ocasião de pecado.

A pureza exige o pudor: o vestir-se discretamente para que as outras pessoas não sejam levadas a pecar; o falar com prudência, etc.. O pudor preserva a intimidade da pessoa. É não mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado para a castidade, exprimindo sua delicadeza. O pudor é modéstia. Mantém o silêncio ou certa reserva quando se entreve o risco de uma curiosidade que não faz bem.

É importante ensinar o pudor a crianças e adolescentes e despertá-los para o respeito à pessoa humana. A pureza cristã requer uma purificação do clima social. A pureza do coração liberta a pessoa do erotismo tão difuso e afasta-a dos espetáculos que favorecem o “voyeurismo” e a ilusão.

A permissividade dos costumes se apoia numa concepção errônea da liberdade humana; para se edificar, a verdadeira liberdade tem necessidade de se deixar educar pela lei moral. Os responsáveis pela educação precisam dar à juventude um ensino respeitoso da verdade, das qualidades do coração e da dignidade moral e espiritual do homem.

Prof. Felipe Aquino

via Cléofas

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