Religioso tinha sido denunciado por apropriação indébita, falsidade
ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis, mas ele nega os crimes. Há
ainda outro processo contra o padre na esfera cível por improbidade
administrativa.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o bloqueio da investigação
criminal contra o padre Robson de Oliveira
por suspeita de desvio de dinheiro doado por fiéis à Associação Filhos do
Pai Eterno (Afipe). A decisão, por unanimidade, ocorreu no início da tarde
desta terça-feira (14) em julgamento da sexta-turma do STJ. Cabe
recurso.
Por ligação, a defesa do padre, conduzida pelos advogados Cléber Lopes e
Pedro Paulo, comemorou a decisão do STJ e disse que isso "confirma a tese de
que não houve crime na gestão da Afipe”. O religioso sempre negou qualquer
irregularidade no comando da associação.
Em nota, o Ministério Público informou que não foi notificado da decisão e
não se manifestará até ter conhecimento do teor do voto.
Há dois processos contra o religioso: um na esfera criminal, que segue
bloqueado, e outro na cível, onde o MP foi autorizado pelo Tribunal de
Justiça de Goiás a retomar a investigação contra o religioso por improbidade administrativa.
De acordo com o advogado, o MP pode continuar com o inquérito civil público
para a ação de improbidade administrativa. Mas na visão dele, a ação
pressupõe a existência de agente público ou privado que receba dinheiro
público, o que não aconteceu.
Entenda o bloqueio
Em outubro de 2020, o Tribunal de
Justiça determinou que as investigações fossem interrompidas
por entender que não estavam presentes os crimes apontados pelos promotores.
Após recursos, o caso foi para o STJ, que em maio deste ano, manteve a investigação bloqueada.
À época, o desembargador Olindo Menezes considerou que as provas usadas
pelo Ministério Público durante a operação foram compartilhadas de maneira
ilegal de outra apuração.
O Ministério Público entrou com um novo recurso, que foi julgado nesta
terça-feira, mantendo a decisão anterior do ministro Olindo Menezes.
Investigação do MP
O Ministério Público de Goiás investigava, em 2018, supostos desvios
milionários de dinheiro doado por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno
(Afipe). Esse dinheiro, segundo promotores, deveria ter sido usado na
construção da nova Basílica de Trindade e manutenção da entidade e ações
para os fiéis.
Mas o padre teria gasto mais de R$ 100 milhões na compra de casas,
fazendas, e até um avião, quando era reitor da Afipe. O MP abriu então dois
processos contra o padre: um criminal e um cível, por improbidade
administrativa no uso do dinheiro.
O processo criminal foi trancado no Tribunal de Justiça e, posteriormente,
o inquérito civil público também. A partir daí, iniciou-se uma disputa
judicial para dar andamento aos processos entre o MP e a defesa do
advogado.
Vendilhões
A Operação Vendilhões surgiu após uma investigação que apurou uma série de
extorsões feitas por hackers contra o padre para que um suposto
relacionamento amoroso dele não fosse divulgado. Ao todo, o padre pagou R$
2,9 milhões com dinheiro da Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno
(Afipe) em troca do arquivamento das mídias.
Em dezembro de 2020, padre Robson e outras 17 pessoas foram denunciadas por
organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem
de dinheiro. Porém, o processo foi bloqueado pela Justiça.
via
G1
FAÇA SUA DOAÇÃO PARA MANTER ESSA OBRA:
PIX: nossasenhoracuidademim@gmail.com
EVANGELIZE COMPARTILHANDO NAS REDES
SOCIAIS:
Comentários
Postar um comentário
Faça aqui seu comentário