É possível Deus agir por intermédio das imagens?


É possível Deus agir por intermédio das imagens sacras? O que está escrito na Bíblia sobre isso?


Veremos a seguir que Deus quis agir por intermédio de uma imagem, uma serpente de bronze, ordenando que Moisés a fizesse:

“e o Senhor disse a Moisés: “Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.” Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida.” (Nm 21, 8-9) 

Note que Deus não só permitiu o uso da imagem, como também a utiliza para o seu serviço. É importante distinguir bem a diferença entre a idolatria de imagens, com a confecção de imagens, pois é exatamente neste ponto onde muitos interpretam as escrituras por seu próprio juízo e fazem confusão. Enquanto Deus proíbe a adoração de imagens, o próprio Deus ordena a confecção de imagens, não só neste caso, mas em diversas outras narrações bíblicas: a Arca da Aliança, o Templo, etc. A seguir, podemos observar bem a diferença entre usar a serpente de bronze conforme Deus ordenou e adorar a serpente de bronze, caracterizando assim, o pecado da idolatria:

“Destruiu os lugares altos, quebrou as estelas e cortou os ídolos de pau asserás. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés tinha feito, porque os israelitas tinham até então queimado incenso diante dela. (Chamavam-na Nehustã).” (II Rs 18, 4)


Fizeram da serpente de bronze um ídolo, um falso deus. Na continuação dos mesmos textos bíblicos, vemos que essa geração idólatra vivia na total desobediência:


“Assim aconteceu porque eles não tinham escutado a voz do Senhor, seu Deus, mas tinham quebrado a sua aliança, recusando-se a ouvir e executar o que ordenara Moisés, servo do Senhor.” (II Rs 18, 12)

Observemos que a serpente de bronze foi a primeira imagem que nos remetia a nosso Senhor Jesus Cristo, conforme escrito no novo testamento:

“Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.” (Jo 3, 14-15)

“Efetivamente, quando o cruel furor dos animais os atingiu também, e quando pereceram com a mordedura de sinuosas serpentes, vossa cólera não durou até o fim. Foram por pouco tempo atormentados, para sua correção: eles possuíram um sinal de salvação que lhes lembrava o preceito de vossa lei. E quem se voltava para ele era salvo, não em vista do objeto que olhava, mas por vós, Senhor, que sois o salvador de todos. Com isso mostráveis a vossos inimigos, que sois vós que livrais de todo o mal.” (Sb 16, 5-8)

Além do episódio da Serpente de Bronze, onde por vontade de Deus, todos picados por víboras ficavam curados ao contemplar uma imagem feita por Moisés. Temos outros exemplos nas Escrituras onde Deus utiliza-se de objetos para agir: Como quando através dos ossos de Eliseu, Deus ressuscitou um morto:

“Eliseu morreu e foi sepultado. Guerrilheiros moabitas faziam cada ano incursões na terra. Ora, aconteceu que um grupo de pessoas, estando a enterrar um homem, viu uma turma desses guerrilheiros e jogou o cadáver no túmulo de Eliseu. O morto, ao tocar os ossos de Eliseu, voltou à vida e pôs-se de pé.” (II Reis 13, 20-21)

Através dos lenços de Paulo, Deus fazia milagres extraordinários e expulsava espíritos malignos:

“Deus fazia milagres extra­or­dinários por intermédio de Paulo, de modo que lenços e outros panos que tinham tocado o seu corpo eram levados aos enfermos; e afastavam-se deles as doenças e retiravam-se os espíritos malignos.” (At 19, 11-12)

Ao tocar o manto de Jesus uma mulher foi curada:

“Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue. Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais. Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto. Dizia ela consigo: “Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada”. Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada. Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: “Quem tocou minhas vestes?”. Responderam-lhe os seus discípulos: “Vês que a multidão te comprime e perguntas: Quem me tocou?”. E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se a seus pés e contou-lhe toda a verdade. Mas ele lhe disse: “Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal” (Mc 5, 25-34)

Além dos ossos de Eliseu, do manto de Jesus, dos lenços e outro panos de Paulo que foram utilizados por Deus como instrumento de ação, foi da vontade do Senhor utilizar-se até da sombra de Pedro:

“Enquanto isso, realizavam-se entre o povo pelas mãos dos apóstolos muitos milagres e prodígios. Reuniam-se eles todos, unânimes, no pórtico de Salomão. Dos outros ninguém ousava juntar-se a eles, mas o povo lhes tributava grandes louvores. Cada vez mais aumentava a multidão dos homens e mulheres que acreditavam no Senhor. De maneira que traziam os doentes para as ruas e punham-nos em leitos e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles. Também das cidades vizinhas de Jerusalém afluía muita gente, trazendo os enfermos e os atormentados por espíritos imundos, e todos eles eram curados.” (Atos 19, 12-16)

Concluímos então que é possível Deus agir por intermédio de objetos, pois observando as Sagradas Escrituras, vimos registros de Deus utilizando para seu serviço, além da imagem de bronze, tecidos, ossos de um cadáver e até a sombra de um apóstolo para realização de prodígios.


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