Vítima de tragédia em escola não sabe que está paraplégica e pede ‘suas pernas de volta’


A manhã da última sexta-feira, dia 20, na escola particular Colégio Goyases, em Goiânia, não foi nada comum. Um adolescente de 14 anos atirou contra os colegas de sala durante o intervalo. Dois alunos morreram e quatro ficaram feridos e precisaram ser hospitalizados. Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, o menino sofria bullying de um colega; assim, ele se inspirou em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro e resolveu cometer o crime.



Jovem está paraplégica:

Isadora Morais, de 14 anos, foi uma das jovens feridas na tragédia. De acordo com o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), ela ficou paraplégica. Um estilhaço da bala atingiu uma de suas vértebras. Mas, seus pais ainda acreditam em um milagre que torne a situação reversível, por isso, não contaram o fato para a filha ainda:
“Deus já deu um milagre, que foi ela ficar viva. Agora, a gente espera outro milagre, que é o dela voltar a andar. Para mim, dói muito vê-la assim, mas para ela é ainda mais difícil, é como se ela estivesse em uma prisão”, a mãe de Isadora, a professora Isabel Rocha dos Santos, desabafou.


Um boletim médico divulgado na quarta-feira, dia 25, mostrou que permanece internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) humanizada, mas sua situação é estável. Seu pai,  Carlos Alberto, também está muito abalado com a situação da filha:
“É um impacto muito grande, principalmente nas primeiras horas. Era como se estivéssemos em um sonho”, disse. Os médicos explicam a condição de Isadora:
“Esse fragmento não foi retirado até o momento porque não existe benefício algum nesse procedimento, com a paciente ainda nesse estado. O benefício poderia ser ela voltar a andar, mas a princípio o quadro dela é irreversível”, segundo o coordenador da UTI, Alexandre Amaral. A mãe de Isadora falou sobre a reação da filha quando não sentiu as pernas:


“Ela me disse: ‘Mamãe, morri e parecia que estava em um sonho e acordei de novo. Fala para os médicos que quero minhas pernas de volta’. Acredito, creio que Deus vai recuperar a medula da minha filha, sei que Deus faz o impossível, mas também sei que minha dor não é maior do que a de quem perdeu os filhos”. 
Desejamos muita força para essa e para todas as outras famílias envolvidas na tragédia. O momento é muito delicado e exige o apoio de muitas pessoas para que casos como esse não se repitam.
Via BOW
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