Policial que sobreviveu a tiro na cabeça há 18 anos lembra milagre: ‘Nossa Senhora me salvou’


Oito de fevereiro de 1999: esta é a nova data de nascimento do investigador da Polícia Civil Ronaldo Tudela, morador de Sorocaba (SP). Foi neste dia que ele sobreviveu a um tiro de fuzil AR-15 na cabeça durante uma tentativa de assalto a uma transportadora de valores da cidade.



Na hora da ação ele usava um boné que tinha ganhado de presente das irmãs e que havia sido comprado e benzido em Aparecida do Norte (SP).

Após 18 anos do tiroteio, o TEM Notícias visitou o investigador, que tem sua história descrita nas páginas do livro do jornalista e escritor Rodrigo Alvarez, “Milagres: Histórias reais sobre acontecimentos extraordinários atribuídos à intervenção de Nossa Senhora Aparecida”, que foi lançado recentemente em homenagem aos 300 anos do encontro da imagem da padroeira do Brasil, que tem o seu dia celebrado nesta quinta-feira (12).
No dia do tiroteio, Ronaldo – que na época tinha 24 anos – lembra que antes de sair de casa teve uma premonição.
“Eu estava já no portão e senti que deveria voltar para buscar o boné, mas eu não usava boné. Mas algo me dizia que eu ia precisar dele naquele dia”. Assim, sem entender muito o porquê, ele pegou o boné e seguiu para o trabalho.
A ocorrência do dia foi uma tentativa de assalto a uma transportadora de valores de Sorocaba, que causou o sequestro de três famílias de funcionários da empresa e terminou com cinco policiais civis feridos, entre eles Ronaldo, que ficou em estado grave após levar um tiro de fuzil AR-15 na cabeça.
No hospital, o neurologista questionou se o investigador esatava usando um capacete na hora do tiroteio, porque alguma coisa havia bloqueado a bala.
“A bala de AR-15 é muito potente, era para ter feito um estrago. Foi aí que ele ficou sabendo que eu usava apenas um boné de pano na hora que levei o tiro. Nossa Senhora me salvou”, lembra emocionado o policial que agora está aposentado.
Presente indesejado

O boné apontado como o responsável por salvar a vida do investigador foi um presente das irmãs de Ronaldo. Elas haviam comprado para o irmão em Aparecida do Norte e haviam benzido o mesmo durante uma missa.
Assim que recebeu o presente, o investigador admite que não havia gostado, porque não era do tipo de pessoa que usava bonés. Por isso, até chegou a jogá-lo em cima do guarda-roupa e lá ele ficou por quase um ano.
“Mas naquele dia, muitos dizem que eu tive uma premonição e por isso fui resgatar o boné abandonado no meu guarda-roupa e o coloquei na cabeça antes de sair de casa. Ele salvou a minha vida”.


Recuperação

Após ser baleado, Ronaldo ficou internado no hospital por 41 dias. Na época, ele chegou a ficar com a parte esquerda do corpo totalmente paralisada. Depois, vou recuperando gradativamente os movimentos e passou a usar uma bengala para andar.

Hoje em dia, o investigador aposentado já consegue até dirigir carro. “Eu digo que eu mato um leão por dia. Eu não paro de me recuperar. Foi Nossa Senhora que me ajudou e hoje sou quase independente. Em 18 anos, eu nunca parei de lutar pela minha recuperação’, finaliza.
Via Catholicus
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