Enfermeira católica salvou mais de 2.500 crianças judias colocando-as em caixas e caixões


Pode parecer meio estranha a reação dessa mulher. Sua coragem não é algo que se vê todos os dias.
Irena Sendler é o seu nome e, quando ela tinha apenas 7 anos, perdeu seu pai. Ao crescer, se tornou enfermeira no Departamento de Bem-Estar Social de Varsóvia além de também fornecer alimentos e roupas para os pobres.



Infelizmente, naquela época, os judeus sofriam um intenso preconceito na Europa e, mesmo sendo católica, Irena buscava ao máximo ajudá-los. Mas foi só a Segunda Guerra Mundial chegar para o terror se espalhar por todos os lugares. Famílias foram rapidamente excluídas e o Gueto de Varsóvia foi criado. Celine não podia deixar a situação daquele jeito.
Sua única opção foi se juntar ao Zegota (Conselho de Ajuda aos Judeus). Só que isso não bastou. Irena tinha que ir bem mais além se queria realmente ajudar os judeus.



Assim, ao lado de outros, a mulher passou a secretamente levar crianças judias para fora do gueto, de onde sabiam que jamais sairiam por vontade própria. Depois disso, eram entregues a famílias de acolhimento ou orfanatos. O único problema é que nem todas as mães estavam dispostas a ver os filhos indo embora assim, sem saber quem era aquelas pessoas.
Aquelas que aceitavam, mal sabiam como Irena fazia para simplesmente retirá-los de lá. Era um processo um tanto quanto complicado. Primeiro elas eram colocadas dentro de ambulâncias que levavam pacientes doentes que iam para o hospital. Mas depois, ela teve que ser mais criativa, já que a vigilância estava cada mais severa.



Suas outras maneiras de salvá-las eram colocando-as em sacos, latas de lixo, caixas e sim, caixões também. Entre todas essas crianças estava Elzunia, de apenas 5 anos. Sua única lembrança era uma colher de prata escondida pela mãe entre suas roupas. Para escondê-lo, Irena teve que colocá-lo em uma caixa de madeira com um carregamento de tijolos.
Com essa empreitada, a mulher foi capaz de salvar mais de 2.500 crianças, realizando um registro de cada uma delas e escondendo-o no jardim do vizinho. Mas aquilo não durou por muito tempo. Por fim, os nazistas descobriram tudo o que ela estava fazendo e a prenderam.




Na prisão, foi duramente torturada, o que não a fez desistir. Ela foi dura o tempo todo e jamais contou a eles onde havia deixado as crianças. O que Irena não sabia, porém, era que aquilo a levaria à morte. Isso se não fosse por seus colegas da enfermaria que acabaram subornando um soldado, deixando-a escapar.
Assim, desde então, a mulher passou a viver com um outro nome para nunca mais ser reconhecida, de forma a continuar ajudando os outros.
Já no fim da Guerra, Irena pegou os registros e entregou-os ao comité de salvamento de judeus sobreviventes. “A razão pela qual eu salvei crianças está enraizada na minha casa, na minha infância. Fui criada na crença de que uma pessoa em necessidade deve ser ajudada, independentemente da religião ou nacionalidade”, disse, segundo o Resumo da Moda.
Mais tarde, ela se casou e teve três filhos e, em 2007 foi nomeada para o Prêmio Nobel da Paz. Um ano depois, infelizmente, acabou falecendo aos seus 98 anos de idade.
Incrível, não?! A pergunta que fica é: o que teria sido daquelas crianças se Irena não tivesse existido?

Via Best Of Web


COMPARTILHE COM SEUS AMIGOS NO FACEBOOK CLICANDO NO BOTÃO COMPARTILHAR ABAIXO: