Minha oração ao Menino Jesus


O Natal e o ano novo nem sempre são épocas fáceis. Às vezes lembramos dos entes queridos que perdemos, das crises financeiras, da nossa possível solidão, de uma situação familiar difícil, de uma separação, um abandono.


Comemorar o Natal quando não há motivo para estar alegres não é fácil. Vemos a data no calendário e suspiramos, pensando no que vamos enfrentar.





O que fazer nestes dias, nos quais estar alegres é quase uma lei? As cenas familiares nem sempre são motivo de alegria. Gostaríamos que isso fosse diferente. A realidade é a que é. O que podemos mudar é a nossa atitude. Podemos viver o momento presente com outra disposição. Depende de nós.



O Papa Francisco disse em Estrasburgo: “Na verdade, toda autêntica unidade vive da riqueza da diversidade que a compõe: como uma família, que fica mais unida na medida em que seus membros podem ser mais plenamente eles mesmos”.






Podemos ser plenamente nós mesmos em nossa família? Ou precisaremos sempre medir nossas palavras? Em família, precisamos nos sentir em casa, em um lar. Mas isso depende de nós, da nossa atitude.



As circunstâncias podem ter mudado. Não é fácil viver o final de ano com uma dor profunda na alma. O que fazer quando nossos projetos e sonhos não deram certo?



O Menino Jesus veio nos ensinar isso no Natal. Veio nos pedir que aprendamos a perdoar, a perdoar-nos, a pedir perdão.



Feridas profundas, ofensas, palavras. Lembramos de tudo o que nos machucou. Como esquecer? Como perdoar? Ficamos em silêncio. Não sabemos. Os silêncios às vezes nos falam mais do que mil palavras.



Talvez você possa orar assim:


"Todos trazem coisas, meu Menino Jesus.
Todos trazem presentes para ti.
Falam contigo.
Eu não sei, Jesus. Não tenho nada.
Estou calado.

Sentado no chão, à tua altura.
Sinto-me tão indigno, tão pequeno, tão pobre...
Desculpa-me pela minha sujeira, pelo meu vazio.
Perdão por não saber amar.

Eu só te olho. Não consigo deixar de te olhar.
Tu vieste a mim porque eu não sabia ir a ti.
Não sabia, não conseguia.
Tudo se desfaz no meu coração.
Maria já percebeu isso.

Ela me olha com carinho.
Convida-me a que me aproxime.
Estremeço de emoção.
Toda a minha vida se detém aqui.
Eu te amo muito.
Ajoelho-me.

Beijo tua testa e um dos seus pezinhos.
Eu adoraria segurar-te no colo.
Volto a ser uma criança inocente e pura.
Quero crescer ao teu lado.
Nunca mais vou me separar de ti.
Eu te adoro.

Quando te vejo, pequeno e frágil,
volto a crescer e a confiar.
Não chores, meu Menino.
Ajuda-me a amar e a ser pequeno."





Esta é a oração da fraqueza, da nossa impotência. A oração do coração que deseja perdoar e esquecer, mas não sabe como. A oração da fraqueza que nos ajuda a viver com paz, com alegria, com esperança. A oração de quem se ajoelha e se sente frágil diante de Deus.


Padre Carlos Padilla 

COMPARTILHE ESSA ORAÇÃO EM SEU FACEBOOK CLICANDO NO BOTÃO COMPARTILHAR ABAIXO PARA QUE SEUS AMIGOS TAMBÉM POSSAM REZAR: