Papa lamenta morte de imigrantes na costa da Sicília

Seis imigrantes morreram afogados na costa da Sicília, neste sábado, 10.
Da redação, com agências
O Papa Francisco recebeu com “grande preocupação” às notícias relativas à morte de seis imigrantes egípcios que se afogaram no sábado, 10, perto de Catânia, Sicília, revelou o porta-voz do Vaticano.
Segundo o padre Federico Lombardi, a situação dos migrantes “está sempre nos primeiros lugares” das preocupações do Papa, que, em 8 de julho, visitou a ilha de Lampedusa, a sul da Itália.
As seis vítimas de sábado, que morreram afogadas depois de saltarem do barco a 15 metros da praia, foram identificadas como egípcios com idades entre 17 e 27 anos.
Na sua visita a Lampedusa, Francisco pediu uma maior atenção da comunidade internacional para o drama dos milhares de migrantes que tentam entrar na Europa e acabam por perder a sua vida no mar.
“Neste mundo da globalização, caímos na globalização da indiferença. Habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa”, disse.

A intervenção deixou duras críticas ao que Francisco denominou como “globalização da indiferença”.
“Quem chorou pela morte destes nossos irmãos e irmãs? Quem chorou por estas pessoas que estavam nos barcos? Pelas jovens mães que traziam as suas crianças? Por estes homens que desejavam alguma coisa para sustentar as suas famílias?”, perguntou.
“Existe um enorme desespero”, diz Núncio Apostólico da Síria
“Existe um enorme desespero” detrás da tragédia da imigração ocorrida em Catânia (Sicília), onde seis migrantes morreram enquanto tentavam chegar à praia, depois de pular de um pesqueiro no qual se encontravam 120 sírios.
O comentário é do Núncio Apostólico na Síria, Dom Mario Zenari, que fala de um país devastado por dois anos de conflito. “Além das vítimas, cujo número superou há muito os 100 mil declarados pela ONU, muitos perderam suas casas e empregos, e hoje moram em áreas de criminalidade ou aonde é imposta a lei islâmica. E estas pessoas devem fugir”, diz Dom Zenari, desconsolado.
O arcebispo explica que os países escandinavos sempre foram a meta preferida dos sírios, inclusive antes do conflito. A imigração dos cristãos para a Europa aumentou com o início da guerra, em março de 2011. Segundo Dom Zenari, os migrantes cristãos buscam um lugar seguro e com afinidades culturais e religiosas.

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