“Nunca houve, por parte da instituição, qualquer pedido de arquivamento
de investigação, ação ou recurso”, afirma, o MP-GO, na nota.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) publicou uma nota de esclarecimento sobre os últimos acontecimentos envolvendo a
Operação Vendilhões, deflagrada para apurar um esquema criminoso tendo a
Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e o padre Robson de Oliveira como
centro. O órgão adiantou que recorrerá às instâncias superiores para manter
o que já foi construído.
Na nota, o órgão informou que “não houve o trânsito em julgado ou mesmo o
arquivamento das ações judiciais relativas à Operação Vendilhões” e que vai
recorrer ao Superior Tribunal de Justiça para manter “tanto a investigação
quanto a ação penal fruto da denúncia já oferecida e recebida pela
justiça”.
“Nunca houve, por parte da instituição, qualquer pedido de arquivamento de
investigação, ação ou recurso”, afirma, o MP-GO, na nota.
Entenda
Segundo o Ministério Público, após a decisão da 1ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), de outubro do ano passado, que trancou
a investigação envolvendo o padre Robson de Oliveira, fundador e
ex-presidente da Afipe, o MP ingressou com recurso especial com o objetivo
de continuar investigando os crimes apontados de lavagem de dinheiro,
apropriação indébita, associação criminosa e falsidade ideológica.
O órgão, então, pediu a concessão de efeito suspensivo para esse recurso
especial, o que na prática significava a retomada urgente das investigações.
Após a iniciativa, em dezembro de 2020, o presidente do TJ-GO acatou o
pedido, destrancando a investigação. Diante disso, MP-GO ofereceu uma
denúncia, que foi recebida pelo Judiciário no mesmo mês, dando início à ação
penal.
O MP-GO explica que, devido ao fato da apuração ter se transformado em ação
penal, pediu a extinção do habeas corpus impetrado pela defesa do acusado.
Entretanto, no dia 18 de dezembro, o presidente do TJ-GO, “em decisão
juridicamente equivocada e diversa daquilo que foi pedido pelo MP, não só
não extinguiu o habeas corpus como julgou prejudicado o recurso especial por
perda do objeto. Além disso, na mesma data de 18/12/20 o STJ, em novo habeas
corpus impetrado pela defesa, decidiu suspender temporariamente a ação penal
até que o caso fosse melhor analisado”.
“Em face do equívoco jurídico do TJ, e da decisão do STJ, o MP solicitou à
Presidência do TJ, em 11 de janeiro, que reconsiderasse a equivocada decisão
que declarou prejudicado o recurso especial. O objetivo é que seja
restabelecida a regular tramitação do recurso especial, dado o interesse
público em ver reapreciadas pelo STJ as decisões anteriormente
proferidas.
Diante da negativa do pedido de reconsideração pelo TJ, o MP ingressará com
novo recurso junto ao STJ para obter a continuidade da investigação e da
ação penal contra os envolvidos”.
via
Jornal Opção
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