Grupo também pede volta do religioso à presidência da Afipe, no qual está
afastado desde agosto do ano passado. Padre era investigado por desvio de
dinheiro na associação, mas processo foi interrompido pela Justiça.
Um grupo de fiéis fizeram um protesto pedindo o retorno do padre Robson de
Oliveira à frente das missas na Basílica e da presidência da Associação Filhos
do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. O
padre era investigado pelo Ministério Público por desvio de dinheiro na
associação, mas o processo foi interrompido pela Justiça.
O protesto começou por volta das 11h10 e reúne um pequeno grupo de fiéis em
frente à Basílica Divino Pai Eterno. De acordo com um dos organizadores do ato
Braz José Souza, o movimento é pacífico e tem o intuito de não só pedir o
retorno do padre, como também realizar orações por ele.
"O padre Robson é inocente e estamos fazendo esse movimento pela volta dele",
disse.
Padre Robson, de 46 anos, é fundador e ocupava a presidência da Afipe. Até
então, ele também era o reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. O
padre está afastado da associação e teve os direitos de realizar celebrações
suspensos temporariamente, no dia 21 de agosto do ano passado. Em uma das
faixas, o grupo pede a retomada do padre em todos os seus cargos.
“Queremos o padre Robson de volta em todos os seus cargos por direito. Te
amamos muito”, escreveu.
O G1 entrou em contato com a Arquidiocese de Goiânia e também com a Afipe
pedindo um posicionamento em relação aos pedidos dos fiéis, às 11h, e aguarda
um retorno.
Batizada de "Vendilhões", a operação do Ministério Público apreendeu diversos
documentos e equipamentos eletrônicos na casa do padre e em endereços ligados
a Afipe, no dia 21 de agosto do ano passado. A investigação apontava que ele
teria desviado dinheiro de ofertas dos fiéis, que seria usada na construção da
nova Basílica de Trindade, para comprar fazendas, casa na praia e até um
avião.
O Ministério Público apresentou recurso no Superior Tribunal de Justiça, mas,
até este sábado (23), ele ainda não havia sido analisado.
Impasse na Justiça
Em outubro, a Justiça tinha determinado que as investigações deveriam ser
interrompidas por entender que não estavam presentes no processo os crimes
apontados pelos promotores. No entanto, em 4 de dezembro, a decisão do
presidente do Tribunal de Justiça de Goiás autorizou a retomada da apuração.
Dez dias depois, outra sentença, desta vez dada pelo desembargador do TJ-GO
Leobino Chaves Valente, voltou a determinar o bloqueio do mesmo processo. Em
17 de dezembro, uma sentença do Superior Tribunal de Justiça reforçou a
decisão do magistrado.
O Ministério Público chegou a denunciar o padre ou outras 17 pessoas por
organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os promotores de Justiça afirmam
que o padre comandava uma organização criminosa e transferia grandes valores
para empresas, com o objetivo de utilizar o dinheiro das entidades religiosas
criadas por ele como seu, sem prestar contas nem se submeter às regras
associativas.
via G1
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