O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu novamente denúncia contra
Padre Robson de Oliveira por supostos crimes cometido com doações feitas à
Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe).
A denúncia foi feita na segunda-feira, 7 de dezembro, e inclui outras 17
pessoas. Entre as acusações estão organização criminosa, apropriação
indébita e lavagem de dinheiro.
De acordo com o Ministério Público, o sacerdote seria o comandante de uma
“organização criminosa empresarial que se utilizava de associações e
empresas para realizar apropriações indébitas, falsidades ideológicas e
lavagem de capitais em benefício próprio”.
A denúncia fala em desvio de “recursos recolhidos em nome das associações
de caráter religioso e com a finalidade declarada de construção de uma
basílica e de realização de atos de caridade”.
Agora, cabe à Justiça decidir se aceita a denúncia por esses crimes.
Esta denúncia é resultado de investigações da Operação Vendilhões,
deflagrada em agosto. Após as primeiras denúncias, Padre Robson de Oliveira,
que até então era presidente da Afipe e reitor do Santuário do Divino Pai
Eterno, se afastou das duas funções.
Em outubro, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás determinou
o arquivamento das denúncias contra Pe. Robson, em decisão unânime. Na
ocasião, o desembargador Nicomedes Domingos Borges afirmou que as provas
obtidas pelo MP não comprovavam que o sacerdote desviava dinheiro para
benefício próprio por meio da Afipe.
“Por se tratar de uma entidade privada, com os membros não tendo
questionado qualquer ato, ou alegado lesão aos seus interesses, não há que
se falar em qualquer fato típico a ser investigado”, indicou.
Entretanto, na última sexta-feira, 4 de dezembro, foi expedida nova
decisão, assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça, Walter Carlos
Lemes, permitindo a retomada das investigações.
Após essa nova denúncia, a defesa de Pe. Robson de Oliveira declarou que
não há nada de novo e reafirmou sua inocência. Em declarações ao Bom Dia
Goiás, da TV Globo, o advogado do sacerdote, Pedro Paulo de Medeiros,
indicou que “não houve qualquer irregularidade praticada por padre
Robson”.
“Ele é e continua sendo inocente. Apenas se aguardará pela confirmação [da
inocência] no Superior Tribunal de Justiça. Enquanto isso, o Ministério
Público, se quiser, continuará investigando, mas não há necessidade para
isso. Afinal, assunto da associação Afipe é da Afipe e não é do Ministério
Público”, disse.
Por sua vez, a Afipe assinalou por meio de nota que a entidade “não é
investigada e nem denunciada”.
Afirmou ainda que confia na Justiça e espera que “ao final do processo
todas as dúvidas sejam esclarecidas”. Além disso, reforçou que está “à
disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários para a
elucidação dos fatos”.
“É importante salientar que a Associação Filhos do Pai Eterno é uma
entidade civil sem fins lucrativos e com a missão de evangelizar”, declarou
em nota, ressaltando que continuará essa “sua missão evangelizadora”.
Por fim, garantiu que “a nova diretoria da entidade prossegue com ações e
medidas concretas para bem cumprir as obrigações estatutárias”.
via
ACI
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