“Os Salmos me ensinaram que todas as gerações acusaram Deus de se esconder e dormir, e todas as gerações descobriram que ele está muito acordado e consciente”.
Nunca estive tão doente em minha vida como nestas semanas. Eu contraí o coronavírus e passei dias lutando contra a doença.
Os sintomas físicos eram ruins, mas os emocionais e espirituais foram piores. Eu não poderia ter lidado com isso sem o amor incansável de minha esposa, April, e os Salmos.
Um dia típico da minha rotina incluía fadiga, calafrios, febre, ansiedade e “desesperança”- e tudo isso se repetia várias vezes.
Para passar o tempo, eu lia as notícias no meu smartphone e depois dava uma olhada nas mídias sociais para ver as opiniões das pessoas.
A noite era pior. Eu tremia de frio enquanto sussurros sombrios da desgraça enchiam meu quarto. Então eu me sentava e olhava a escuridão por horas, enquanto pensamentos selvagens me tomavam em pânico e medo.
Depois de uma noite particularmente ruim, decidi tentar algo novo: desliguei o telefone e coloquei-o longe. No lugar dele, peguei os Salmos. Abri no meio do livro e li um após o outro.
Primeiro, os Salmos transformaram minhas preocupações em orações; então eles pintaram uma bela imagem de como é a esperança.
O Salmo 84 me encheu de doce desejo:
“Quão amável é a vossa morada, ó Senhor dos exércitos! A minha alma desfalece e consome-se pelos átrios do Senhor. O meu coração e a minha carne gritam de alegria, pelo encontro do Deus vivo”.
Mas o Salmo 77 realmente parecia ter sido escrito especificamente para uma pessoa acordada à noite, doente de coronavírus e preocupada:
“Se penso em Deus, suspiro, se medito, sinto desfalecer o meu espírito. Vós me conservais os meus olhos abertos; estou perturbado, falta-me a palavra.
(…)
Porventura, o Senhor nos abandonará para sempre, não voltará a ser-nos propício? Porventura, o seu amor esgotou-se para sempre terminou as suas palavras para as gerações? Porventura esqueceu-se Deus de ter compaixão, ou terá fechado na sua ira as suas entranhas?
(…)
Tenho na memória os grandes feitos do Senhor, lembro-me das suas maravilhas de outrora. Penso em todas a s vossas obras, medito nos vossos prodígios.”
Neste momento, eu listava os poderosos feitos do Senhor, um após o outro, lembrando-me e meditando sobre o que Deus pode fazer – e faz.
Dessa forma, os Salmos me ensinaram que procurar paz de espírito na saúde, no entretenimento ou na política é não ter paz de espírito. Eles me ensinaram que todas as gerações acusaram Deus de se esconder e dormir, e todas as gerações descobriram que ele está muito acordado e consciente.
Deus tem seu próprio ciclo. Nós imploramos por misericórdia, ele concede. Nós reclamamos, ele abençoa. Nós nos afastamos, ele estende a mão.
Antes, eu estava sempre na ânsia de esmagar a ansiedade e a tristeza; agora estou sempre a um Salmo longe da paz.
Comecei, então, a rezar a Liturgia das Horas todas as manhãs e noites. Deus é a minha notícia do dia agora. Sim, eu ainda sigo os principais acontecimentos do planeta, mas tento seguir o poder real do mundo ainda mais de perto. Ele é a nossa única esperança.
via Aleteia
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