55 mil católicos se reúnem para missa de gratidão por Santa Dulce, em Salvador

imagem da missa de gratidão por Santa Dulce

A primeira cerimônia de homenagem a Santa Dulce dos Pobres no Brasil foi realizada no domingo, 20/10, com a presença de 55 mil pessoas, na Arena Fonte Nova, em Salvador. A programação contou com missa, espetáculo teatral sobre a vida da santa e atrações musicais. Irmã Dulce foi canonizada no dia 13 de outubro, no Vaticano.



O público se concentrou nos arredores da arena ainda por volta das 9h, cerca cerca de 3h antes dos portões abrirem, ao meio-dia. Uma fila gigantesca se formou para aguardar a entrada no estádio, enquanto os termômetros marcavam 30 graus.



Do lado de fora da Arena Fonte Nova, muitos comerciantes vendiam azulejos, bijuterias e bonecas em alusão à santa. 

Entre os fiéis que chegaram para assistir à cerimônia, muitos funcionários e voluntários das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). Uma dessas pessoas foi Tatiane Ferreira, que levou a filha Anna Clara, de 8 anos. 

“É UMA EMOÇÃO MUITO GRANDE. UM RECONHECIMENTO QUE EU JÁ TENHO, COMO FUNCIONÁRIA DAS OBRAS SOCIAIS, E AGORA ESSE RECONHECIMENTO NO MUNDO TODO. A GENTE QUE TRABALHA LÁ VÊ O AMOR QUE TEM NAS OBRAS POR CAUSA DELA”, DISSE TATIANE.

Grande parte do público era formado por idosos, que também enfrentaram o sol para chegar à Fonte Nova. Um grupo de senhoras da paróquia de Santa Dulce também marcou presença na celebração.

“É muito bonito poder ver tudo isso, nossa primeira santa. A gente que já é mais velho faz um esforço para vir, por que quando isso vai acontecer de novo? É muita emoção estar aqui, mas está difícil pra gente andar. Algumas pessoas que estavam de muletas na nossa equipe desistiram”, ponderou Hildete Cavalcante, uma das líderes do grupo.

Quatro grupos musicais e a cantora Patrícia Ribeiro animaram o público, que vibrava e cantava mesmo com as queixas de sol forte.

Espetáculo Império do Amor

Ainda como parte da programação, 530 crianças participaram do espetáculo Império de Amor, que contou a vida do Anjo Bom da Bahia ao público presente.

As crianças encenaram toda a trajetória da beata desde a infância. A peça também fez referências às obras de Irmã Dulce e a luta da primeira santa brasileira para cuidar dos pobres e enfermos.

“É GRATIFICANTE VER QUE ELA LUTOU ISSO TUDO, MESMO CONTRA A VONTADE DE MUITA GENTE ATÉ DA IGREJA, PORQUE QUERIA FAZER O BEM. A OBRA DESSA NOSSA SANTA VALE OURO”, OBSERVOU A RELIGIOSA JANETE DIAS, QUE ESTAVA ACOMPANHADA DE DUAS FILHAS.

O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, acompanhou todo o espetáculo do altar. Na plateia estavam os miraculados Cláudia Araújo e José Maurício Moreira, além da sobrinha de Santa Dulce, Maria Rita Pontes.

O espetáculo contou com a participação da cantora Margareth Menezes, que subiu ao palco vestida de freira. Além disso, o sanfoneiro Waldonys cantou o hino oficial a Santa Dulce e emocionou o público.

Os cantores Saulo e Tuca Fernandes também participaram do espetáculo e cantaram a música “Doce Luz”, que também homenageia o legado da Santa Dulce dos Pobres.

Além das crianças, o Império de Amor também teve a participação de pacientes e voluntários das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). Um coral também esteve no palco, entoando os cânticos à santa. Uma estátua de Irmã Dulce foi colocada no centro do altar, enquanto o espetáculo acontecia.

Depois disso, os miraculados fizeram a procissão conduzindo as relíquias de Santa Dulce. Os cantores Adelmário Coelho, Targino Gondim e o sanfoneiro Waldônys entoaram o hino dedicado à santa, e foram acompanhados a plenos pulmões pelo público.

Uma imagem do Santo Antônio, santo de devoção de Irmã Dulce, e de Nossa Senhora da Conceição e do Senhor do Bonfim foram apresentadas em procissão. O tenor Thiago Arancam cantou o hino ao Senhor do Bonfim, que também foi cantado pelo público. O momento despertou a plateia, que gritava e aplaudia em um dos momentos mais fortes da celebração.

Bispos, padres, diáconos e seminaristas seguiram em procissão para a entrada da missa. A cerimônia começou a ser presidida por Dom Murilo Krieger, por volta das 17h40.

Todo o momento da celebração foi cantado e respondido pelos fiéis. Entre os pontos altos da missa, o Glória e o Credo fizeram o público rezar junto com Dom Murilo Krieger e padre Edson, que conduziram a cerimônia.

No momento do Pai Nosso, as luzes foram apagadas para que os religiosos tivessem um momento íntimo de oração. Depois do ofertório, padre Edson anunciou Quênia fiéis teriam uma surpresa após a comunhão.

Os cânticos para comungar foram entoados e ministros entraram no campo e nas arquibancadas para distribuir as hóstias. O momento emocionou os presentes, que aguardaram pacientemente para a comunhão.

A surpresa do final ficou por conta da imagem de Santa Dulce dos Pobres, que foi venerada por centenas de fiéis que se aglomeravam na frente do altar. A santa missa foi encerrada com o hino à Irmã Dulce, antes dos fiéis dispersarem na Arena Fonte Nova.

via G1
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