"Dentre as lembranças que marcaram a minha infância, uma ficou gravada como fogo. Eu tinha cinco anos. E com esta idade dormia pouco. Não sei por quê. Só sei que passava horas seguidas com os olhos fitos no teto, pensando na eternidade.
Imaginava distâncias enormes ia emendando-as umas às outras: sempre, sempre, sempre… Ah, não tem fim, eu pensava. Sempre, sempre! E escutava o relógio da parede: tique-taque, tique-taque. É assim, já sei: tique-taque sem parar nunca!
E me vinha outra ideia: e as pessoas que não se salvam? Nunca irão ver Deus no Céu? E o relógio da sala me respondia: tique-taque, tique-taque… Isso me causava pena, porque eu sou naturalmente compassivo. Queria chorar.
Mas é que eu sou assim mesmo. Não suporto conhecer um sofrimento alheio por alimento sem lhe dar um pão. Não suporto conhecer um sofrimento alheio sem que venha uma vontade doida de o aliviar. Sou assim. Sinto receio em gastar para mim, quando penso em tantas pessoas necessitadas a remediar.
E me surpreendia matutando: se tantos sofrimentos físicos tanto me impressionavam, que dizer dos sofrimentos eternos daqueles que vivem no pecado mortal! Ao ver que se peca com tanta facilidade, e assim vão caminhando para a morte, como posso descansar? Tenho que correr e gritar por toda parte.
Se visse alguém cair num poço ou numa fogueira, não começaria a gritar para o salvar da morte? Porque não fazer o mesmo para livrar tanta gente de cair no fogo do inferno? Eram esses os meus cuidados.
E um novo estímulo veio mais tarde juntar-se a este: era pensar que o pecado também é uma ofensa causada a Deus, meu Pai. Esta ideia corta-me o coração de dor. Meu Deus! Meu bom Pai!”
via Autobiografia de Santo Antônio Claret, via AASCJ
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