Sobrevivente de Brumadinho diz que foi salvo pela mão de Deus


O operador Sebastião Gomes relatou como sobreviveu ao mar de rejeitos formado pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, Minas Gerais. Ele contou que ficou emocionado ao ver pela televisão as imagens divulgadas pela Band, que mostram o momento exato em que o local de trabalho dele foi tomado pela lama.



Sebastião é uma das pessoas que estava em uma caminhonete que aparece no vídeo. Segundo ele, um homem chamado Elias o chamou para entrar no veículo.

– A sensação foi horrível. Entregamos nas mãos de Deus e, naquele momento, parecia que estava tudo perdido. Começamos a rezar o Pai Nosso e depois peguei o rádio e comecei a gritar ‘socorro’ – contou.




O sobrevivente lamentou a tragédia, que causou a morte de colegas. Sebastião também compartilhou com a equipe um vídeo que ele gravou com celular. Tremendo, ele captou um pouco de como ficou a área logo depois da passagem do que parecia uma tsunami.

– Oh, meu Deus. Tudo soterrado, senhor. As máquinas, meus colegas…todos embaixo da lama, meu Deus – disse ele no vídeo.

Ao sair do carro, após a passagem da lama, ele e Elias conseguiram ainda ajudar outra pessoa que tinha sido atingida e corria risco de morrer.

– A caminhonete parou por cima do rejeito de minério e foi a hora que descemos para procurar algumas pessoas que estavam desaparecidas. Achamos o Leandro e escavamos, porque que estava dentro do trator soterrado, só com o rosto para o lado de fora. E o tiramos com a graça de Deus. O que nos salvou ali foi a mão de Deus – afirmou.

VIDA MARCADA

Sebastião começou a trabalhar na Vale no ano 2000. Seu curso de engenharia ambiental, iniciado em 2011, foi concluído no ano passado e terá colação de grau em maio.

No próximo domingo (3), ele tem uma prova para a Polícia Rodoviária Federal, em Goiânia, mas ainda não sabe se terá condições de comparecer. Além de funcionário da Vale, Gomes atua na Igreja Católica como ministro da eucaristia, que auxilia na celebração de missa no bairro onde mora.

Em seu depoimento ao jornal mineiro, ele confirmou que recebeu treinamentos de emergência, mas que pouco antes da catástrofe não houve aviso sonoro. Seu sentimento, se mistura entre a alegria de estar vivo e a tristeza pelas vidas perdidas. Agora, ele diz que duas datas de nascimento, uma em 22 de julho, e outra em 25 de janeiro.

via Pleno News

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