A igreja que parece mais do que é


A catedral gótica de Milão é, provavelmente, o símbolo mais conhecido da arquitetura católica do noroeste da Itália. Mas muitos visitantes não sabem que a poucos minutos a pé do imponente “Il Duomo” está uma joia arquitetônica que tem “enganado” e encantado os fiéis durante séculos.



A Basílica de São Sátiro foi encomendada pelo Duke Gian Galeazzo Sforza, que queria erguer um local de culto no mesmo lugar de um antigo santuário católico construído em honra a São Sátiro, que era professor do santo padroeiro de Milão, Santo Ambrósio. 



A obra teve início em 1471 e foi conduzida sob a supervisão do arquiteto renascentista Donato Bramante, que, mais tarde, co-projetou a Catedral de São Pedro, em Roma, com Michelângelo e outros arquitetos italianos.

Originalmente, Bramante projetou a igreja de acordo com uma estrutura de cruz latina, com uma abside (cabeceira da igreja junto ao altar ou cúpula) de 9,7 metros. Mas o governo municipal de Milão não forneceu as licenças de construção necessárias para um edifício desse tamanho. Bramante, que como muitos contemporâneos dominou a arte da perspectiva linear, decidiu manter seu desenho original, mas reduzindo-o a um décimo do tamanho inicialmente planejado. Para fazer isso, ele recorreu a um truque visual: ele pintou a cúpula com um efeito de “trompe-l’œil”, uma ilusão de ótica que pode fazer um espaço bidimensional parecer tridimensional.

É por isso que a abside de 97 centímetros realmente parece ter 9,7 metros de profundidade quando vista da entrada da igreja. Somente quando alguém se aproxima do altar da igreja é que o tamanho real pode ser percebido. A maioria dos visitantes sai sem entender o truque de Bramante.

Truques ópticos à parte, São Sátiro é um local imperdível em Milão. Abriga um retrato de terracota do Cristo Morto de Agostino de Fondulis, considerado um dos exemplos mais importantes da escultura renascentista. A Basílica também é decorada com afrescos temáticos dourados e brancos, que contribuem ainda mais para garantir uma perspectiva de “igreja grande” ao que, na verdade, é uma pequena capela.

Para visitá-la, saia da estação “Duomo” do metrô de Milão e siga as indicações para a “Via Torino”.

via Aleteia

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