A psicologia humana, por exemplo, ensinava-nos que não adianta falarmos com criança do mesmo jeito que falamos com adultos, pois elas não compreendem nossa conversa [como eles]. Muitas vezes, na evangelização, nós precisamos usar desses métodos para que todos compreendam as palavras do Senhor.
É como um médico que vai dizer um diagnóstico ao paciente e tem de usar de linguagem simples, senão a pessoa não entende. Da mesma forma, nós evangelizadores temos de nos fazer entender, para que possamos entrar no universo do outro. Muitas vezes, nós estamos surdos e não compreendemos o que Deus nos fala, porque nos falta abrir nossa mentalidade para Ele.
Há muito tempo, eu vivi um processo de dependência afetiva e aquilo me fez mal, pois, por causa da pessoa de quem eu tinha essa dependência, eu era menos eu. Um padre rezou por mim e disse sentir que havia uma pessoa que fazia muito mal para mim; ele me pediu que eu apenas rezasse por ela e não ficasse próximo dela. Muitas vezes, nós dizemos que essa ou aquela pessoa precisa de nós, mas, na verdade, somos nós que precisamos dela.
Ser gente dá trabalho, ser gente significa você estar comprometido com seu processo humano e com o processo de quem está ao seu redor. E se você for gente, será um problema a menos na vida dos outros. Quantas vezes na vida uma família vira um inferno, porque alguém lá dentro decidiu ser um molambo e não fez esforço nenhum para ser gente, nem aproveita a liberdade. Quantas vezes nós sofremos demais por situações que não são nossas!
Nós não podemos viver uma pobreza espiritual a vida inteira, sem ter alguém com quem contar, porque o outro resolveu ser um molambo.
O processo da imaturidade pode se estender pela vida inteira. Quando olhamos para o mundo e nos vemos como um coitado, isso não é maturidade, é um infantilismo que não nos leva a nada. A criança, por exemplo, passa por um processo egoístico, e se nós não ensinarmos que ela tem de dividir o que tem, ela não aprenderá. Se não dermos as regras à medida que ela consegue compreender, estaremos criando um monstro em casa. Se não as ensinarmos como lidar com a vida, a vida será duas vezes pior para elas e para nós também. O casal que educa o filho a partir dos ensinamentos divinos vai dar ao mundo uma pessoa mais preparada.
Há uma grande diferença entre amar e estar apegado: o amor nos dá aquele sentimento de liberdade, enquanto o apego nos aprisiona, e pensamos que as pessoas devem agir da forma que queremos. O amor é livre. Quando estou apegado a alguém ou a alguma realidade, eu faço do outro meu escravo.
Se eu uso minha presença e minha autoridade para pôr medo no outro, eu não vivo em liberdade. Há momentos em que precisamos reconhecer que não estamos sendo livres; e se não estamos sendo livres, não fazemos os outros livres também. Por essa razão, precisamos ter a consciência de que forma escravizamos o outro e de que forma somos escravizados para que possamos caminhar no processo de amadurecimento de nossas vidas.
Eu tenho certeza de que você precisa romper com os apegos, pois apegado ninguém vai a lugar nenhum; para ter liberdade você precisa se livrar dos apegos interiores. Quantos casais vivem essa realidade [apego] e não têm coragem de olhar nos olhos um do outro e acertar os pontos para que sejam livres e vivam bem seu relacionamento! Entregue nas mãos do Senhor todas as situações e coisas que o aprisionam.
Por Padre Fábio de Melo
FAÇA SUA DOAÇÃO PARA MANTER ESSA COMUNIDADE:
NOS AJUDE NA EVANGELIZAÇÃO COMPARTILHANDO NAS REDES SOCIAIS:
NOS AJUDE NA EVANGELIZAÇÃO COMPARTILHANDO NAS REDES SOCIAIS:
Comentários
Postar um comentário
Faça aqui seu comentário