São Gregório Magno: esclareceu a doutrina, instituiu o celibato, criou o canto gregoriano e conduziu a Igreja em tempos de catástrofe


Gregório nasceu em Roma no ano de 540. Sua tradicional família Anícia já havia tido dois Papas: Félix III (483-492) e seu tataravô Agapito (535-536).



Juventude promissora

Na juventude, antes de abraçar a vida de monge, Gregório tinha seguido a carreira administrativa e chegado a ser prefeito de Roma, o que, no entanto, não parece tê-lo impactado muito: anos mais tarde, ele declararia que os melhores anos de sua vida foram os que passou no mosteiro de Santo André. Esta afirmação se torna ainda mais reveladora quando se sabe que estamos falando de alguém que veio a se tornar Papa – o que nos deixa vislumbrar um pouco mais o peso inimaginável da responsabilidade de um pontífice.
O feliz monge Gregório foi recebendo, de fato, missões cada vez mais delicadas. Depois de ser nomeado diácono pelo Papa Pelágio, ele foi enviado como Núncio Apostólico para a importantíssima sede de Constantinopla. Chamado de volta a Roma tempos depois, tornou-se secretário pontifício durante anos desafiadores, marcados por catástrofes naturais, carestias e até pela peste que atingiu o próprio Papa Pelágio II.

Depois de encarar tão graves missões na vida, Gregório foi eleito Papa.

Um Grande Papa!

Espiritual e prático, ele se dedicou tanto ao anúncio do Evangelho quanto à nova organização civil da Europa, em frangalhos com brutais transformações de todos os tipos após a queda traumática do Império Romano.
A conversão da Inglaterra ao catolicismo é um dos maiores triunfos da vida do Papa Gregório Magno, mas não é o único destaque no legado de um homem que capitaneou a compilação do Antifonário, a reestruturação da música sacra, a fundação da Schola Cantorum de Roma e a composição de hinos litúrgicos que perduram até hoje. É do nome dele, aliás, que procede o termo “canto gregoriano”. Ele também instituiu o celibato sacerdotal e introduziu na Santa Missa a oração do Pai-Nosso.
O Papa Gregório ainda se encarregou de aprofundar e estabelecer doutrinas católicas que não tinham sido claramente definidas até então, fortalecendo com isto a unidade da fé.
Foi a sua inestimável obra em favor da doutrina o que o levou a ser proclamado, mais tarde, como o quarto Doutor da Igreja. Não à toa, ele mesmo dizia:
“Onde existe o amor se realizam coisas grandes”.
Sua memória litúrgica é celebrada em 3 de setembro.
via Aleteia
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