Três segredinhos para “arrancar” favores de Nossa Senhora!


Sobre Santo Antônio Maria Claret, gigante espiritual da Igreja, os biógrafos nos contam uma infinidade de fatos ligados à sua devoção ardentíssima a Nossa Senhora. Ele é, afinal, um dos maiores santos marianos que já existiram e, desde pequeno, já nutria um grande amor e piedade para com Maria.

Confira o seguinte relato de uma das suas biografias:



Sendo ainda jovem leigo, teve ele de fazer uma viagem na companhia de um bom cavalheiro, o qual observou os claros sinais de devoção mariana de que dava mostras o jovem Claret tanto nas conversas quanto na conduta.



O senhor Portellas, que era como se chamava o acompanhante, admirado de sua piedade, falou-lhe desta maneira: “Parece-me, Antônio, que és muito devoto da Virgem Maria”.
A resposta foi contundente: “Como não seria? Tudo o que eu lhe peço ela me alcança!”.
“Explica-me então o modo de pedir-lhe”.

Claret respondeu: “Eu lhe peço o que desejo com amor e confiança. E, se vejo que ela não me escuta, me aproximo mais ainda dela, puxo a barra do manto e digo: ‘Se não me alcanças esta graça, eu vou rasgar o manto de tanto puxar. E ela logo me escuta”.

Este é o caso narrado pelo diligente biógrafo. Temos aqui uma bela lição sobre como orar e suplicar a Maria: com amor, com confiança e com perseverança. Em resumo, como filhinhos confiados.

Esta última condição nos falta com muita frequência, pois, quando nos dirigimos a Maria, queremos obter determinado favor ou graça com a maior prontidão e ficamos impacientes se não acontece do jeito que queríamos.

E o que dizer do amor e da confiança, como cruciais para o fruto da oração?

A Igreja nos ensina a exercitar a oração perseverante e se mostra insistentemente repetitiva em muitas de suas preces. Ela aprendeu do aviso de Jesus na parábola do amigo inoportuno (Lc 11,5-8). O pai-nosso, que é a oração cristã por excelência, nos ensina a orar e nos mostra até a ordem dos nossos pedidos. Jesus nos recordou: “Pedi e vos será dado. Buscai e achareis. Chamai e vos será aberto”. É a mesma coisa que a Virgem Maria nos sussurra. Ela nunca deixa de ouvir as nossas súplicas e as encaminha ao que verdadeiramente nos convém, caso peçamos algo que não está de acordo com os desígnios divinos para o nosso bem.

Aprendamos então, de Santo Antônio Maria Claret, a “puxar a barra do manto” de Maria, belíssima metáfora que tanto nos diz. E, principalmente, procuremos nos introduzir no seu Coração Imaculado para ouvir, se possível, o seu doce pulsar. Nenhum pedido a Maria ficará perdido no caminho, mesmo que Ela se veja obrigada a mudar, com cuidado materno, o curso das nossas preces.

Peçamos a sua amorosa e poderosa intercessão em todas as nossas necessidades espirituais, corporais e temporais. Maria estará sempre presente com o seu auxílio oportuno. Mas não deixemos de insistir, como fazia com tanto amor e confiança o jovem Claret, extraordinário e exemplar devoto de Maria.

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De artigo original publicado por El Web Católico de Javier


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