Maria, que viu o próprio Filho depositado na caverna do sepulcro e de lá ressuscitar, interceda para que esta cruz culmine em vida, alegria e reencontro.
Desde o desabamento de 5 de agosto de 2010, que os bloqueou dentro da mina de San José, no deserto do Atacama, até o incrível resgate que os trouxe de volta sãos e salvos em 13 de outubro de 2010, os 32 mineiros chilenos e 1 boliviano ficaram presos a 700 metros de profundidade e mantiveram o mundo inteiro de coração na mão durante intermináveis 69 dias.
Quase 8 anos depois, o coração do mundo volta a ficar apertado diante do drama de 12 meninos tailandeses e seu técnico de futebol, também presos no interior de uma caverna cujo caminho de volta está inundado em longos trechos, impossibilitando um resgate rápido e seguro.
A experiência de fé dos mineiros no Chile
Em fevereiro de 2011, 25 dos 33 mineiros resgatados peregrinaram a Jerusalém numa jornada de ação de graças. Eles percorreram a Via Dolorosa e foram até o Santo Sepulcro, em cuja basílica, junto com suas famílias, rezaram o Pai-Nosso e uma Ave-Maria e tocaram com suas mãos a fenda na pedra em que se acredita que esteve enterrada a cruz de Cristo.
Um deles, José Henríquez, testemunhou sobre a atitude de fé dos mineiros durante aquelas semanas de soterramento:
“Clamamos a um Deus vivo e Ele nos respondeu. Ele nos resgatou e tomou o controle de todo o processo de salvação. Ele é um Deus que responde à oração, que tem ouvidos, que escuta o pecador. Nós acreditamos nele e Ele nos respondeu”.
Outro sobrevivente, Víctor Zamora, declarou sobre a peregrinação à Terra Santa:
“Esta é a viagem mais bonita, que sabíamos que ia ficar conosco para toda a vida: a do caminho de Deus e de tudo o que Ele passou para estar conosco”.
O padre Agustín Molini, franciscano que os guiou na visita ao Santo Sepulcro, falou da semelhança entre a salvação dos mineiros nesta vida e a salvação para a vida eterna:
“Este lugar da Ressurreição é para retirar a todos da escravidão e do abismo do pecado e os ressuscitar para uma vida nova e eterna. Este é o paralelo entre o resgate dos mineiros do Chile, pela graça do Senhor, e o resgate que Ele quer para nós e para todo a humanidade para sempre”.
Inspirados pelo testemunho dos mineiros regatados no Chile, simplesmente clamemos a um Deus vivo e que nos ouve, suplicando-Lhe a graça do resgate e da salvação; toquemos com as mãos da alma na fenda da pedra, porque toda pedra pode ser aberta e movida pela redenção do Cristo crucificado e ressuscitado; rezemos o Pai-Nosso e a Ave-Maria, unidos de coração como a grande família que somos, e oremos a Deus, com as nossas próprias palavras.
Para essa conversa aberta, franca e pessoal com Ele, as seguintes ideias podem ajudar:
1. Oremos pelo equilíbrio psicológico dos meninos;
Os meninos estão presos num espaço limitado, quente, com oxigênio de baixa qualidade e cujos níveis se reduzem de modo preocupante, sem alimentação adequada, em condições precárias de higiene, sem poderem relaxar o corpo sequer ao tentarem dormir sobre o chão batido, sem noção exata do tempo que vai se arrastando e parece não passar, longe do aconchego de casa, longe do abraço reconfortante dos pais…
2. Oremos pela força espiritual dos meninos
O que se passará pela sua cabeça? O que pesará no seu coração de quase crianças? Que temores e angústias dividirão espaço, em seu espírito, com a esperança e com a fé?
Eles não são cristãos e não têm a nossa experiência de um Deus que é Pai, que é Pessoa, que é Amor, que veio ao nosso resgate abaixando-se até a nossa humanidade frágil e caída. Deus, no entanto, fala a todas as almas, no íntimo do seu ser, porque todo ser humano é aberto por natureza ao transcendente e ao eterno. Que, no santuário da sua consciência, eles recorram à certeza de que existe o Bem, a Verdade, a Beleza Divina, e que, no meio das circunstâncias em que a nossa liberdade e as vicissitudes da vida terrena nos colocam, eles olhem para além do desafio e mantenham acesa a luz da esperança.
3. Oremos pelos bravos voluntários e responsáveis pelo seu resgate
Mesmo um voluntário experiente, ex-mergulhador da Marinha tailandesa, perdeu a vida durante o seu esforço heroico e generoso para ajudar a salvar esses irmãos menores em necessidade.
Que o imenso desafio físico, mental e espiritual desta jornada se transforme em motivação ainda maior para os socorristas, mas que o seu empenho firme esteja sempre unido à prudência vigilante e à cuidadosa preservação da sua segurança.
4. Oremos pelo sucesso da operação de resgate
Até o momento, o desafio mais provável que espera os meninos e seus resgatadores é o do longo e assustador trajeto de retorno, que envolve cinco ou seis horas de jornada em condições extremas, incluindo mergulho em locais estreitos e de quase nula visibilidade – para meninos que sequer sabem nadar.
Que a tecnologia contribua para um resgate controlado e seguro. Que surjam alternativas viáveis e bem antes dos tempos previstos. Que a força das chuvas seja contrastada de modo realista e bem-sucedido pela força da inventividade e da inteligência humana, iluminada pelo Espírito Santo.
5. Oremos pelas famílias
Que a angústia e a ansiedade que explodem naturalmente no coração e na mente de um pai, de uma mãe, de um irmão, de cada familiar, sejam aliviadas e equilibradas pela confiança, pela esperança, pelo apoio, pela solidariedade e pela capacidade de autocontrole.
Os poderes da mente e da resiliência humana são imensos e surpreendentes, mas não são infinitos e, muitas vezes, sequer suficientes. Que o Espírito Santo encha o coração dessas famílias com Sua luz sobrenatural, e que o dom da paz que vem de Deus os sustente quando as forças humanas fraquejarem sob o peso do medo, do desespero, da revolta.
Que a Santíssima Virgem Maria, que viu o próprio Filho ser depositado na caverna do sepulcro e de lá ressuscitar glorioso, interceda junto a Ele para que esse caminho de cruz culmine em vida, alegria e reencontro.
Amém.
__________
A imagem que ilustra este artigo representa a esperança de resgate e tem sido compartilhada por usuários das redes sociais na Tailândia, juntamente com várias outras. Ela é aqui reproduzida a partir do Twitter de @namwoon_ccw.
via Aleteia
Um deles, José Henríquez, testemunhou sobre a atitude de fé dos mineiros durante aquelas semanas de soterramento:
“Clamamos a um Deus vivo e Ele nos respondeu. Ele nos resgatou e tomou o controle de todo o processo de salvação. Ele é um Deus que responde à oração, que tem ouvidos, que escuta o pecador. Nós acreditamos nele e Ele nos respondeu”.
Outro sobrevivente, Víctor Zamora, declarou sobre a peregrinação à Terra Santa:
“Esta é a viagem mais bonita, que sabíamos que ia ficar conosco para toda a vida: a do caminho de Deus e de tudo o que Ele passou para estar conosco”.
O padre Agustín Molini, franciscano que os guiou na visita ao Santo Sepulcro, falou da semelhança entre a salvação dos mineiros nesta vida e a salvação para a vida eterna:
“Este lugar da Ressurreição é para retirar a todos da escravidão e do abismo do pecado e os ressuscitar para uma vida nova e eterna. Este é o paralelo entre o resgate dos mineiros do Chile, pela graça do Senhor, e o resgate que Ele quer para nós e para todo a humanidade para sempre”.
Inspirados pelo testemunho dos mineiros regatados no Chile, simplesmente clamemos a um Deus vivo e que nos ouve, suplicando-Lhe a graça do resgate e da salvação; toquemos com as mãos da alma na fenda da pedra, porque toda pedra pode ser aberta e movida pela redenção do Cristo crucificado e ressuscitado; rezemos o Pai-Nosso e a Ave-Maria, unidos de coração como a grande família que somos, e oremos a Deus, com as nossas próprias palavras.
Para essa conversa aberta, franca e pessoal com Ele, as seguintes ideias podem ajudar:
1. Oremos pelo equilíbrio psicológico dos meninos;
Os meninos estão presos num espaço limitado, quente, com oxigênio de baixa qualidade e cujos níveis se reduzem de modo preocupante, sem alimentação adequada, em condições precárias de higiene, sem poderem relaxar o corpo sequer ao tentarem dormir sobre o chão batido, sem noção exata do tempo que vai se arrastando e parece não passar, longe do aconchego de casa, longe do abraço reconfortante dos pais…
2. Oremos pela força espiritual dos meninos
O que se passará pela sua cabeça? O que pesará no seu coração de quase crianças? Que temores e angústias dividirão espaço, em seu espírito, com a esperança e com a fé?
Eles não são cristãos e não têm a nossa experiência de um Deus que é Pai, que é Pessoa, que é Amor, que veio ao nosso resgate abaixando-se até a nossa humanidade frágil e caída. Deus, no entanto, fala a todas as almas, no íntimo do seu ser, porque todo ser humano é aberto por natureza ao transcendente e ao eterno. Que, no santuário da sua consciência, eles recorram à certeza de que existe o Bem, a Verdade, a Beleza Divina, e que, no meio das circunstâncias em que a nossa liberdade e as vicissitudes da vida terrena nos colocam, eles olhem para além do desafio e mantenham acesa a luz da esperança.
3. Oremos pelos bravos voluntários e responsáveis pelo seu resgate
Mesmo um voluntário experiente, ex-mergulhador da Marinha tailandesa, perdeu a vida durante o seu esforço heroico e generoso para ajudar a salvar esses irmãos menores em necessidade.
Que o imenso desafio físico, mental e espiritual desta jornada se transforme em motivação ainda maior para os socorristas, mas que o seu empenho firme esteja sempre unido à prudência vigilante e à cuidadosa preservação da sua segurança.
4. Oremos pelo sucesso da operação de resgate
Até o momento, o desafio mais provável que espera os meninos e seus resgatadores é o do longo e assustador trajeto de retorno, que envolve cinco ou seis horas de jornada em condições extremas, incluindo mergulho em locais estreitos e de quase nula visibilidade – para meninos que sequer sabem nadar.
Que a tecnologia contribua para um resgate controlado e seguro. Que surjam alternativas viáveis e bem antes dos tempos previstos. Que a força das chuvas seja contrastada de modo realista e bem-sucedido pela força da inventividade e da inteligência humana, iluminada pelo Espírito Santo.
5. Oremos pelas famílias
Que a angústia e a ansiedade que explodem naturalmente no coração e na mente de um pai, de uma mãe, de um irmão, de cada familiar, sejam aliviadas e equilibradas pela confiança, pela esperança, pelo apoio, pela solidariedade e pela capacidade de autocontrole.
Os poderes da mente e da resiliência humana são imensos e surpreendentes, mas não são infinitos e, muitas vezes, sequer suficientes. Que o Espírito Santo encha o coração dessas famílias com Sua luz sobrenatural, e que o dom da paz que vem de Deus os sustente quando as forças humanas fraquejarem sob o peso do medo, do desespero, da revolta.
Que a Santíssima Virgem Maria, que viu o próprio Filho ser depositado na caverna do sepulcro e de lá ressuscitar glorioso, interceda junto a Ele para que esse caminho de cruz culmine em vida, alegria e reencontro.
Amém.
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A imagem que ilustra este artigo representa a esperança de resgate e tem sido compartilhada por usuários das redes sociais na Tailândia, juntamente com várias outras. Ela é aqui reproduzida a partir do Twitter de @namwoon_ccw.
via Aleteia
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