William Bonner presta homenagem ao pai falecido e comove rede social


jornalista William Bonner se tornou um dos queridinhos do público devido ao seu carisma pelas redes sociais. Após o seu divórcio com a também jornalista Fátima Bernardes, o seu rosto não saiu mais dos principais sites de notícia. Mesmo envolvido em algumas “polêmicas”, o apresentador do Jornal Nacional tenta manter uma vida discreta.



Entretanto, quando o assunto é a morte do pai, ele fez questão de postar uma linda homenagem. O pai do jornalista que possui o mesmo nome do filho, William Bonemer, era pediatra e morreu no dia 29 de novembro de 2016, em Ribeirão Preto. O pediatra acabou falecendo devido um câncer de nome Mieloma. A principal parte afetada por esse de câncer de baixa agressividade e comum na terceira idade são os ossos.
A morte do pai fez com que o apresentador se afastasse por um tempo do comando do Jornal. Abalado pela notícia, William ficou quase três semanas afastado do programa da Rede Globo.
Um ano após o acontecimento, ele decidiu relembrar alguns momentos vividos na companhia do pai. As imagens e lembranças foram compartilhadas em suas redes sociais e emocionaram os fãs de Bonner.




Veja alguma das publicações feitas por Bonner em seu Instagram:
POST 1
A não-cerimônia de despedidas do meu pai durou quase 3 anos. A químio e o tempo se encarregavam de lhe embaralhar memórias, mas não aleatoriamente. As mais remotas ganhavam prioridade sobre as menos distantes. E as mais imediatas se apagavam. Ponto. Talvez por isso ele tenha intensificado as visitas ao local onde morou e estudou, como interno, durante o fundamental 2 e o ensino médio. Era onde tudo lhe parecia mais vívido, porque cenário de sua vida uns 70 anos antes. Ficava perambulando. Cansava-se. Sentava-se num banco, olhando o movimento dos estudantes no campus. Fazia isso todos os dias. Chegava a repetir o programa matinal no meio da tarde. E me convidou a acompanhá-lo nas andanças em todos os sábados que tivemos, no ano passado. Numa dessas ocasiões em que me guiou pelas ruas internas do Mackenzie, em SP, pedi a meu pai que se sentasse num banco. Disse a ele: “Pai, me deixa fazer uma foto sua com o Chamberlain ao fundo.” Era o prédio de alguns dos alunos internos, apenas. Os que obtinham notas boas e que se comportavam adequadamente. Um dos maiores orgulhos do meu pai foi a postura que se viu obrigado a ter quando chegou o momento de ingressar no ensino médio. Como interno, ou iria para o edifício Chamberlain, ou teria que arranjar um pensionato qualquer nas redondezas. Só os mais aplicados tinham lugar ali. Em maio do ano passado, 6 meses e meio antes de nos deixar, meu pai exibiu o sorriso que o cansaço lhe permitia pra nos deixar essa foto de presente. A imagem do orgulho dele. E do nosso. 

POST 2
Eu gostei desse sapato logo de cara. Tinha um tom de couro cru, sem brilho nenhum, e o conforto que só o mocassim pode oferecer a quem não pise com solados emborrachados. No ano passado, nas idas semanais a SP pra visitar meus pais, meu pai doente, elegi uma espécie de uniforme. Todo sábado, pegava estrada às 6 da manhã pra almoçar com eles. E calçava esses sapatos. Meu pai tinha 86 anos e um mieloma. É um câncer de agressividade baixa, comum em velhinhos. Em parte pela idade, em parte pela medicação, meu pai vivia naquele universo infantil dos senis. Emocionava-se com quase tudo, compreendia quase nada e se envolvia em repetições de afazeres e de dizeres. Perguntava dezenas de vezes a mesma coisa e demonstrava surpresa a cada vez que ouvia a mesma resposta como se fosse única, inédita. Nas mais de 40 viagens de fim de semana a SP, devo ter calçado esse sapato umas 30 vezes. E, em quase todas, ele recebeu os cuidados do meu pai. “Júnior, esse sapato não vê uma graxa há quanto tempo?” Júnior sou eu. “Pai, esse sapato não leva graxa. É assim mesmo. Fosco.” E ele: “Sei... Isso é falta de graxa! Que vexame! Me dá isso aqui que eu vou dar um trato.” E não adiantava argumentar. Meu pai me fazia entregar os sapatos, que limpava com pano úmido. Aplicava cera marrom. Esperava secar. E lustrava por minutos seguidos, no vai e vem da escova que usou por mais de 40 anos. Tingia de marrom o couro sem tintura. E lustrava o que não tinha brilho nenhum. Ao longo de 11 meses, enquanto nos despedíamos, meu pai foi modificando completamente meu mocassim. Pondo cor e luz na opacidade. Depois que o velhinho partiu, guardei esses sapatos num lugar onde não pudessem me ver. E fugi deles por um ano inteiro. Hoje de manhã, sei lá como, do fundo de uma prateleira, me acharam de novo, quando me vestia pra sair. E me ocorreu de usá-los com a roupa que tinha escolhido pro dia. E nunca, desde que me interessei por eles numa vitrine, nunca me foram tão deliciosamente confortáveis.

O jornalista em um momento nostálgico relembrou partes da juventude do pai e lembranças maravilhosas vividas ao lado dele. Algumas das fotos até foram tiradas dez dias antes do falecimento. 

Os fãs adoraram as postagens e comentaram mensagens positivas para Bonner. O apoio de seus seguidores ajudou muito o apresentador a seguir em frente. Frases como “A saudade é imensa e só sente quem amou, portanto lembre de tudo sem dor viva cada instante.”, estavam entre o comentário. 

Via BOW
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