O pedido é para que a exposição seja retirada do Museu, caso a mostra contenha obras que desdenhem “publicamente o objeto de culto religioso”. A sentença foi retirada do art. 208 do Código Penal. No documento, o grupo diz que a “cada dia temos visto uma ofensiva contra os princípios e valores cristãos em nosso país, através de manifestações artísticas que agridem a fé de milhões de brasileiros”.
Além disso, eles também repudiam um dos artistas da exposição, Antônio Obá, que em outro caso, realizou uma performance que ralou a imagem de Nossa Senhora Aparecida e jogou o pó restante em cima do próprio corpo nu.
No entanto, segundo a produtora da exposição, Daiana Dias, nenhuma das obras que foram informadas e repudiadas pelo movimento estão presentes na exposição. Para ela, o protesto teria sido sem fundamento algum. “Eles foram até o local e constataram isso (que as obras não estavam presentes), mas mesmo assim mantiveram o movimento”, reclamou.
Quanto ao repúdio contra Antônio Obá, Daiana acredita que possa haver uma perseguição contra o artista. “Ele faz parte da coleção, da exposição, mas as obras a que eles (manifestantes) se referem, não fazem parte da exposição”, explicou. A produtora disse também que chegou a conversar com as autoridades e com as instituições cristãs, mas que nenhuma apoiava o movimento, e que a Cúria, inclusive, desconhecia a manifestação. “Nem consigo entender o motivo da manifestação. Se não existem os elementos que estão sendo levantados dentro da mostra, a gente não consegue definir o que motivou”.
Exposição
A exposição Contraponto segue aberta ao público até 25 de fevereiro de 2018, na Galeria 2 do Museu Nacional da República. Com curadoria da historiadora Tereza de Arruda, a mostra foi concebida com obras da Coleção Sérgio Carvalho. Este acervo é composto por mais de 1,9 mil obras de 164 artistas brasileiros.
Via Catholicus
COMPARTILHE COM SEUS AMIGOS
Comentários
Postar um comentário
Faça aqui seu comentário