Virei católico! E agora?

maria

O leitor Mark W., dos EUA, perguntou:

Nesta Vigília Pascal, eu me tornei católico. O que vocês aconselham a um novato que está prestes a começar uma vida nova na fé da Igreja?

Quem respondeu foi a colaboradora Katrina Fernandez:

Caro Mark,
Bem-vindo ao lar! Nós compartilhamos um aniversário! Dez anos atrás, eu também entrei na plenitude da Igreja católica e, assim como você, tinha um número infinito de perguntas. A primeira era justamente essa: “E agora?”.

Aqui vão algumas breves sugestões para você viver na prática a sua nova fé.





1. Renove a “decoração”!
Comecemos com um aspecto mais “leve”. Que tal alguma imagem de Nossa Senhora ou do Sagrado Coração no jardim da sua casa? É uma forma, além do mais, de testemunhar aos seus vizinhos que você abraçou seriamente a fé católica e não vai escondê-la!
Passando para dentro de casa, há elementos visuais essenciais numa casa católica: o crucifixo (um em cada cômodo) e ícones ou imagens de Jesus, de Maria e do seu santo padroeiro. Com a riquíssima história da arte católica, você vai facilmente encontrar algo que se harmonize com o seu gosto pessoal. Eu recomendo também um altar doméstico ou um ícone na parte da casa em que você costuma se recolher para rezar com mais frequência.
E não se esqueça do carro! Em todo veículo deve haver um rosário e uma medalha de São Cristóvão pendurados no espelho retrovisor.
Sim, eu sei que isso tudo pode parecer “superficial”, mas são elementos capazes de ajudar você de verdade em sua vida nova de fé – especialmente se forem bentos.
Passe ainda a usar um crucifixo; conheça e adote uma medalha devocional e, principalmente, o escapulário. Mais que lembretes visuais de que você agora é católico, eles são sacramentais: sinais visíveis da nossa fé e recursos auxiliares para nos estimular na união cada vez mais intensa com Jesus (nada de confundi-los com amuletos!).

2. Reze!
Evita a armadilha de querer, da noite para o dia, passar de pagão a santo eremita. Dose os seus esforços. Não se jogue em novenas “porque sim”: querer “fazer” muitas “coisas espirituais” poderá levá-lo ao fracasso – e esse fracasso é o assassino número um do zelo do converso. Seja simples e espontâneo! Apenas se abra de coração para Jesus e vá conversando com Ele durante o dia, do jeito que você começa a conversar com um novo amigo, até formar o hábito suave da oração e da união permanente com Ele.
E como ir falando com Jesus? O mais importante é a adoração eucarística. Familiarize-se com as paróquias próximas e veja se elas oferecem a adoração perpétua. Quem está ali é Jesus em Pessoa! Além de conversar com Ele, reze todos os dias o rosário: com Maria, chegamos mais rápido a Jesus!

3. Estude
Não deixe de estudar a Bíblia e o Catecismo. Continue participando da catequese de adultos, de círculos de estudos bíblicos ou de qualquer outro recurso disponível na sua paróquia. Se não puder, inscreva-se para receber diariamente, por e-mail e grátis, um bom boletim católico que lhe traga conteúdos espirituais como as leituras da missa, as palavras do papa, o santo do dia… Baixe aplicativos católicos no seu telefone. Para manter viva a sua fé, tente aprender algo novo sobre Deus a cada dia. Lembre-se: você não sabe tudo. Nunca. Sempre há algo mais para aprender – ou para recordar.


4. Entenda que a sua fé não é nas pessoas
Lembre-se de que você se tornou católico porque estava em busca da Verdade. Você encontrou a Verdade em uma Igreja fundada por Cristo, mas dirigida por homens – e homens falíveis. O papa é infalível quando se pronuncia “ex cathedra”, mas isso não quer dizer que os católicos estejam isentos de cometer erros e de decepcionar você – ou até de escandalizá-lo. Você provavelmente conhecerá paróquias mal administradas, passará por experiências litúrgicas desviadas, entrará em contato com pessoas que vivem um suposto “catolicismo” apenas de palavra… Saiba distinguir.

5. Pratique a sua nova fé!
Este é um dos aspectos mais difíceis, mas, se você exercitar todos os dias a sua fé através da oração e dos sacramentos, ela será tão natural quanto respirar. Um desafio é a confissão, mas seus frutos são excelentes: além de nos limpar dos pecados, ela ainda nos torna mais responsáveis. Recorra a ela muitas e muitas vezes.

6. Lembre-se do porquê da sua conversão
Daqui a dez anos, a sua fé não vai mais parecer uma novidade entusiasmante. Recorde então os momentos da sua vida que o fizeram aderir ao catolicismo. Comemore sempre o seu “aniversário” de conversão na Vigília Pascal, revivendo o esplendor da sua Primeira Comunhão com aqueles que seguiram o mesmo caminho que você trilhou.
Converter-se ao catolicismo é um ato de vontade em resposta ao chamado da graça. Continuar católico também. Lembre-se disso na sua oração todos os dias! 

Fonte: Aleteia Team 

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