Cantora Aline Barros, envolvida numa recente polêmica com os católicos, começa a ter suas declarações analisadas friamente. Recentemente a popstar gospel lançou o livro “Graça Extraordinária”, pela editora Thomas Nelson Brasil. O livro trata a respeito de como a graça de Deus se manifestou na História e na sua história em particular. Aline revela suas lutas pela conversão do esposo e como se sentiu conduzida pelo Senhor. O livro traça constantemente um paralelo entre a revelação universal e a aplicação desta em sua história.
Refletindo a respeito da obediência a Cristo como canal para condução de graças, Aline afirma:
“Quando Jesus esteve em Nazaré, cidade em que havia sido criado, ele não pôde ali fazer muitos milagres, porque não o valorizaram nem o honraram. Jesus ficou admirado com a incredulidade deles. Aquelas pessoas menosprezaram Jesus porque só o viam como o filho de Maria e do carpinteiro José. Quem percebe a presença de Jesus e se deixa tocar por ela, tem o viver transformado e o milagre acontece, mas quem o vê apenas como mais um profeta que passou por este mundo ou um homem bom demonstra não crer nele como Salvador, o Filho de Deus, e por isso não recebe os milagres que Ele está pronto a realizar.”
Inocentemente alguém poderia não ver problema algum na frase, mas, é importante ressaltar: Um texto fala quando diz e principalmente quando não diz. A cantora gospel se refere ao evangelho de Marcos VI, 1- 6. Ela ressalta que Jesus foi menosprezado porque era visto como filho de Maria e de José. O evangelho, no entanto, é claríssimo que o que aconteceu na cena foi um espanto com o contraste de um homem aparentemente normal, do qual eles conheciam a história, ter palavras divinas. Na verdade, aos que sabem ler as entrelinhas, a pastora está relativizando a importância de Maria e criando um contraste inexistente entre Maria e a condução a Cristo. Ou qual seria o motivo atrás de uma negação de um trecho evidente do evangelho?
O diabo sabe fazer a panela, mas não sabe fazer a tampa, diz um antigo ditado italiano. Essa investida relativista contra a Virgem Maria se repete no livro. Entre um bocejo aqui e outro acolá, me deparo com isso:
“Maria, então, contou isso a Jesus e disse aos empregados que fizessem tudo o que Jesus mandasse. Jesus ordenou que enchessem de água seis enormes jarros que estavam ali perto. Eles o obedeceram e o milagre aconteceu: a água foi transformada em um vinho muito melhor, de qualidade superior ao que havia acabado. O milagre só aconteceu porque os empregados obedeceram às ordens de Jesus.“
A cantora se refere ao evangelho de João II. Aline Barros omitiu o fato de que o milagre aconteceu graças a intercessão da Virgem Maria. Foi através da sua suplica que Jesus adiantou os tempos de Deus (c.f v.4) . Afinal, foi a suplica de Maria que adiantou o tempo de Deus ou os figurantes que carregaram as talhas? Para Aline foi a segunda opção.
É evidente que Aline Barros age diferente das linhas agressivas protestantes. A diva gospel optou por fazer a linha da indução. Não diz claramente e conduz seus seguidores não a quarta-feira de cinzas , simbolo de penitência, mas a de fogo, como declarou recentemente. Espero que esse fogo não seja o que nunca se apaga. #ProntoFalei
Texto: Renato Aquino
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