O ultimato da esposa para o marido: “Escolha: ou eu, ou o bebê com Síndrome de Down”


Samuel Forrest é pai e, pelo menos segundo as próprias declarações, foi forçado a fazer uma escolha que ninguém jamais gostaria de enfrentar: ou a esposa, com que tinha se casado havia 18 meses, ou o pequeno Leo, um recém-nascido com Síndrome de Down. Por quê? Porque a mãe do bebê e sua família teriam vergonha dele.


“Desonra” para a família
Samuel se tornou pai em 21 de janeiro de 2015, quando a esposa deu à luz num hospital armênio. Poucas horas após o nascimento de Leo, seu pai Samuel, que é da Nova Zelândia, foi forçado pela esposa a escolher entre ela e o filho! A mulher se recusou até a ver ou tocar no bebê, que, de acordo com algumas crenças armênias, teria trazido “desonra para toda a família”. O pai, cuja história foi contada pelo jornal britânico Daily Mail, não foi autorizado, no começo, a ver o próprio filho.
“Eu não vou abandoná-lo”
“As autoridades do hospital não me deixavam ver a minha esposa nem o meu filho. Quando o médico veio falar comigo, ele me disse que havia um problema muito sério com o meu filho”, disse Samuel ao Daily Mail. O pai admite que foi um baque saber da síndrome de Leo, mas “nem por um segundo” lhe passou pela cabeça a ideia de abandoná-lo.




“Para mim, ele é perfeito”
“Quando eles me mostraram o Leo”, continua Samuel, “eu disse imediatamente ao médico que ele era lindo, perfeito e que eu com certeza ia ficar com ele. Quando nasce uma criança como o Leo neste país, a primeira coisa que eles dizem é que você não é obrigado a ficar com ele. Minha esposa já tinha decidido. Mas tudo aconteceu pelas minhas costas”. De acordo com suas declarações, Samuel não conseguiu convencer a mulher quando ela deu o ultimato: ou ela ou o bebê. Samuel escolheu o bebê e decidiu se divorciar.
Leo vai para casa
Após optar pelo bebê ainda que precisasse renunciar ao casamento iniciado só 18 meses antes, Samuel decidiu que não queria manter o filho na Armênia, e sim voltar para a Nova Zelândia, onde poderia lhe garantir o cuidado e a atenção necessária. Ele recorreu à internet para angariar doações e cobrir as despesas da viagem: em menos de 24 horas, a página “Bring Leo home” [“Ajude o Leo a voltar para casa”] captou 100.000 dólares. As doações continuaram e ultrapassaram os 400.000 dólares, dinheiro que Samuel vai usar para comprar uma casa em Auckland e para ajudar os pais armênios que não querem abandonar seus filhos nascidos com a Síndrome de Down.



A versão da esposa
Ruzan Badalyan contou no Facebook a sua versão, responsabilizando a sociedade armênia como incapaz de aceitar a diversidade e o marido por tê-la abandonado e levado embora o pequeno Leo: “No momento mais difícil da minha vida, quando meu marido tinha que ficar perto de mim e me ajudar a tomar a decisão certa, eu não tive nenhum apoio dele […] Ele saiu do hospital e só várias horas depois me informou que tinha levado o bebê e decidido voltar para a Nova Zelândia […] Não tive sequer a oportunidade de refutar a acusação de ter imposto um ultimato. Isso é absolutamente falso. Eu tentei várias vezes falar com ele e a sua única reação foi me acusar”.
Pelo bem do filho
Esperamos que o bem do Leo seja a prioridade dos pais e que ambos reconheçam que todo ser humano quer e precisa do pai e da mãe. Pensem nisto, Samuel e Ruzan!

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