Quem já se recuperou de uma experiência de
quase-morte ou esteve em coma e conseguiu revertê-lo poderá confirmar: o
sentido da audição é o último a se perder.
E o que foi ouvido por uma mulher britânica
na unidade de terapia intensiva foi ao mesmo tempo aterrorizante e
reconfortante.
Jenny Bone, de 40 anos de idade, estava em
coma quando ouviu um médico perguntar ao seu marido o que ele achava de
desligar os aparelhos que a mantinham viva.
O terror sentido por ela foi tranquilizado
quando o esposo, John Bone, descartou a hipótese. O homem, de 58 anos, decidiu
em favor da vida apesar de uma conversa que o casal tinha tido já fazia certo
tempo, na qual a esposa declarara que gostaria de morrer caso ficasse
incapacitada de forma permanente.
A equipe médica temia que Jenny tivesse
sofrido danos cerebrais graves depois uma parada cardíaca. Mas ela se
recuperou e hoje se declara aliviada porque o marido foi contra a sua vontade. Ela
contou sua história ao jornal inglês The Daily Mail:
“Eu estava consciente das conversas que
aconteciam do meu lado. A mais frequente delas era dos enfermeiros: ‘pronto,
vamos virá-la’”, em referência a posicioná-la na cama. “E a mais alarmante foi
entre um médico e o meu marido, sobre o meu desejo de ser mantida viva ou não e
sobre a incerteza deles quanto às minhas faculdades mentais terem sido
comprometidas pela falta de oxigênio durante a parada cardíaca. O consenso foi
me manter em vida, ajudada pelos aparelhos, e fazer uma ressonância magnética
para conferir as minhas funções cerebrais. Eu não estava respondendo nem aos
testes básicos de reflexos; foi por isso que o médico achou que eu não tinha
mais chances de recuperação. Estou muito feliz de que o meu marido tenha me
dado esse ‘tempo extra’!”.
Jenny não respondia aos testes de estímulo
devido à paralisia, explicou ela própria ao jornal.
Após um desmaio em março passado, Jenny
procurou um médico e ele suspeitou que a paciente tivesse a síndrome de
Guillain-Barre, doença em que o sistema imunológico ataca o sistema nervoso
periférico e deixa o cérebro incapaz de controlar os músculos.
Pouco tempo depois, ela sentiu uma dor no
peito, parou de respirar e sofreu a parada cardíaca, prossegue o relato do
Daily Mail. “Jenny passou por uma traqueotomia para poder respirar e foi
colocada em coma induzido. Ela estava na unidade de terapia intensiva quando um
médico falou em encerrar sua vida, alguns dias depois”, detalha o jornal.
O marido comenta: “O médico disse que não
sabia quanto tempo ela tinha ficado sem oxigênio e falou que talvez tivesse
chegado a hora de desligar os aparelhos. Eu respondi que era cedo demais”.
Durante os cuidados intensivos, foi
confirmada a síndrome de Guillain-Barré. “Os médicos perceberam que ela tinha
chances de sobreviver se fosse mantida em coma para que corpo se recuperasse”,
conta o Daily Mail.
Um porta-voz do hospital declarou: “Estamos
contentes de que a Sra. Bone esteja se recuperando. No entanto, lamentamos que
ela não tenha tido uma experiência positiva como paciente. Estamos investigando
todas as preocupações que foram levantadas”.
Fonte: Carmadélio
Fonte: Carmadélio
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