O deputado Marco Feliciano falou no programa da Rede TV Superpop sobre a polêmica envolvendo o Porta dos Fundos. Já dizia Nosso Senhor que se os profetasse calssem, as pedras clamariam (cf. S Lc XIX,40). Enquanto setores da Igreja no Brasil falam de Copa do Mundo, reforma agraria, produtos jequiti, parece que alguém resolveu falar na grande mídia do escandaloso vídeo do Porta dos Fundos.
No programa Superpop, após um vídeo resumindo a polêmica, o deputado Marco Feliciano foi perguntado sobre a polêmica com o Porta dos Fundos e ele respondeu:
Uma vez eu mandei um e-mail para o Boechat e disse “Faça uma piada com Maomé, faça a mesma coisa que vocês fizeram, só que com a fé muçulmana”, ele respondeu: ‘Eu não quero que minha casa receba uma bomba’. Porque outras pessoas em outros países do mundo sofreram assim. Se não fazem isso com a fé muçulmana, por que fazem isso com a fé cristã?, desabafou.
Quando você fala para o Brasil inteiro, que é uma comunidade cristã de católicos, falar que Maria não era virgem e que alguém tocou nela antes, você ofende incita o ódio e incita a ira.
Mas não é um programa de humor? Pergunta Simone Garuti, repórter do programa. E seguida, Luciana Gimenez intervem e diz: Mas a religião não deveria incitar a raiva tão rapidamente. O deputado respondeu:
Não foi o primeiro vídeo, Luciana. Houveoutros vídeos antes desse e em todos eles eu alertei.
Houve um vídeo em que eles colocam uma mulher de pernas abertas numa sala de ginecologia….Com um sorriso nos lábios a apresentadora diz: Eu vi isso. Feliciano continua: o cidadão olha dentro das pernas dela e vê saindo Jesus e aí fazem um culto com a Igreja Católica com a mulher com a perna
aberta e depois com a igreja evangélica.
Houve um vídeo em que eles colocam uma mulher de pernas abertas numa sala de ginecologia….Com um sorriso nos lábios a apresentadora diz: Eu vi isso. Feliciano continua: o cidadão olha dentro das pernas dela e vê saindo Jesus e aí fazem um culto com a Igreja Católica com a mulher com a perna
aberta e depois com a igreja evangélica.
Pra quê atacar a fé cristã? Os crentes, os cristãos, agente não toca em ninguém, agente só vai para igreja orar, rezar, cantar as nossas músicas, fazer as nossas ladainhas. Pra quê expor num vídeo publico essas mazelas? Pra quê? Isso ajuda no quê?
São inteligentes, são meninos capazes, mérito para eles, mas pra quê? Extrapolam. E, eu avisei uma, avisei duas, mas na terceira não deu e vão ter que responder na justiça. E, eu só apresentei na justiça e o procurador de São Paulo aceitou.
Mas isso não é uma censura deputado? O humor tem limite? Retruca Simone.
Veja só, não, o humor não, mas há limite paraaquilo que você fala. Liberdade de expressão é uma coisa, mas a liberdade de expressão não pode terminar e um crime. Porque isso é um crime.
Dando uma de desinformada Luciana questiona: Pera, mas qual crime.
Porque o artigo da constituição federal (nãopode fazer piada, ironiza Gimenez) protege o objeto de culto e todo objeto de culto. O código penal vê como um crime quando você expõe publicamente.
Mas é humor, contesta a apresentadora.
Mas esse tipo de humor não é bem vindo, falar que Maria não era virgem, ô Luciana, é sério demais. Uma pessoa de bem que está me ouvindo agora, entende o que estou falando.
Insiste Luciana: Tudo bem, mas se eles descordarem e acharem que é engraçado?
Pois bem, eles vão responder na justiça e que a justiça decida. E esse um milhão de reais aí que eu pedi, eu coloquei para onde é que era, era para enviar para as entidades que se sentiram ofendidas, por exemplo, as santas casas de misericórdia que vivem com a imagem
de Maria que foi vilipendiada nesse vídeo.
de Maria que foi vilipendiada nesse vídeo.
Após tentar insistir, Luciana Gimenez vira-se para Simone e diz: É, na realidade ele já tinha avisado uma, duas, três vezes..
Protestando com a cabeça, a repórter do Superpop diz: É, bem, eu tenho que me manter imparcial, mas Luciana é humor e você não pode, desculpa deputado, fazer uma censura, até porque eles estão lá fazendo uma brincadeira, não estão falando que Maria não era virgem.Feliciano responde: Faça humor com pessoas. Falar de Jesus no lado da cruz sendo pregado, num momento de sofrimento e dor, um homem que morreu pelos meus erros e nossos pecados, mandar ele beber cachaça na hora.
Não! Eu estou começando a ficar irado de verdade. Se puder mudar o tema eu agradeço.
Não! Eu estou começando a ficar irado de verdade. Se puder mudar o tema eu agradeço.
Luciana Gimenez concluí: Eu acho que aspessoas que acreditam, elas realmente ficam muito magoadas, eu entendo a sua posição. Não estou aqui para discutir a posição do Porta dos Fundos, que é um grupo de humor, e eu tenho certeza que eles não quiseram fazer por mal.
Traduzindo: Insistiram até onde podiam, como o deputado Feliciano foi firme, então apelaram para inocência do Porta dos Fundos. Afinal não parece ser inocente fazer um vídeo colocando a imagem de Cristo numa vagina? Quem seria o louco que suspeitaria de um ato tão puro? Pois é, você assisti a esses debates não para ficar bem informado, mas para ser doutrinado por ilustres “pensadores contemporâneos” como Luciana Gimenez e sua repórter.