Em homilia, Francisco exortou os cardeais a irradiarem no mundo o amor de Jesus
Na manhã deste domingo, 23, Papa Francisco celebrou a Santa Missa na Basílica de São Pedro com a presença dos novos cardeais criados ontem, 22, em consistório, e todo o colégio cardinalício.
Logo no início da homilia, Francisco refletiu sobre a Coleta proposta por este sétimo domingo do tempo comum: “A tua ajuda, Pai misericordioso, torne-nos sempre atentos à voz do Espírito”. O Papa explicou que esta oração convida o homem a uma atitude fundamental: escutar o Espírito Santo, que vivifica a Igreja e a anima.
“Neste momento, todos nós, junto com os novos cardeais, queremos escutar a voz do Espírito que fala através das Escrituras proclamadas”.
Partindo das leituras do dia, o Santo Padre disse que a santidade cristã não é obra humana, mas fruto da docilidade do Espírito. As palavras são dirigidas hoje, de modo especial, segundo o Papa, a ele e aos cardeais, em particular aos que foram criados cardeais ontem.
O Santo Padre também lembrou que, sozinho, o homem é egoísta e orgulhoso, mas a bondade e a beleza de Deus atraem e o Espírito pode purificar e transformar a vida. “Fazer este trabalho de conversão, conversão no coração, conversão que todos nós – especialmente vocês cardeais e eu – devemos fazer. Conversão!”.
Do Evangelho, Francisco falou de outro ensinamento de Jesus: não só não restituir o mal que foi feito, mas esforçar-se para fazer o bem em abundância. Ele recordou que Cristo pede que, quem quer segui-Lo, deve amar quem não merece, sem querer nada em troca, para preencher as lacunas de amor que há nos corações.
“Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o caminho único de sair da areia movediça do pecado, e este caminho de santidade é a misericórdia, aquela que Ele fez e que a cada dia faz conosco. Ser santos não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo. É isto que o Senhor pede a nós”.
Ele continuou dizendo que Jesus e a Igreja pedem que eles testemunhem com maior zelo e ardor estas atitudes de santidade. “Amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso quem talvez não o mereça”.
Um cardeal, segundo disso o Papa, entra na Igreja de Roma, não em uma corte. Logo, deve evitar hábitos e comportamentos de corte: intrigas, fofocas, favoritismos. A linguagem deve ser aquela do Evangelho.
Por fim, o Santo Padre pediu que o colégio cardinalício ajude a Igreja a irradiar no mundo o amor de Cristo.
“Queridos irmãos cardeais, permaneçamos unidos em Cristo e entre nós! Peço-vos para estarem próximos a mim, com a oração, o conselho, a colaboração. E todos vós, bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e leigos, unam-se na invocação do Espírito Santo, a fim de que o Colégio dos Cardeais seja sempre mais ardente de caridade pastoral, mais pleno de santidade, para servir o Evangelho e ajudar a Igreja a irradiar no mundo o amor de Cristo”. Fonte: CN
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