Homem desfigurado fala do calor humano do encontro com o Papa Francisco

Oreste Tornani, o italiano de rosto severamente desfigurado que foi abençoado pelo papa Francisco numa das recentes audiências gerais, conta que se sentiu muito acolhido pelo Santo Padre durante o encontro.

Os dois conversaram brevemente no dia 20 de novembro, após o discurso do papa na Praça de São Pedro. O pontífice passou vários minutos cumprimentando os doentes presentes na praça.

"O papa fala com simplicidade, de coração, com uma voz acolhedora. É muito bom escutá-lo", disse Tornani à CNA (9 de dezembro). "Ele me perguntou como eu estava, como estavam as coisas, se eu tinha algum problema e onde eu morava".


O papa Francisco deu um beijo no rosto e abençoou Tornani, fazendo um gesto em direção ao céu.

Oreste Tornani explica que trabalhava como mecânico em uma fábrica quando foi baleado no rosto, aos 30 anos de idade. Sobreviveu e foi submetido a várias cirurgias, mas seu rosto ficou completamente desfigurado.

Aos 60 anos e desempregado, ele recebe hoje a ajuda da Associação Maria Cristina Ogier, um centro católico da cidade de Florença que ajuda pobres e necessitados.

O abraço que o papa Francisco deu a Oreste Tornani não foi o primeiro gesto desse tipo a despertar atenção generalizada. Durante a Jornada Mundial da Juventude, o papa abençoou uma bebê recém-nascida que sofre de anencefalia, condição em que parte ou a totalidade do cérebro não se desenvolve. No dia 6 de novembro, também após uma audiência geral na Praça de São Pedro, o Santo Padre conversou com Vinicio Riva, cujo corpo é afetado por neurofibromatose.

Riva declarou ao jornal Daily Mail que ser abraçado pelo papa foi "como o paraíso... Ele nem sequer parou para pensar se me abraçava ou não. O que eu tenho não é contagioso, mas ele nem sabia se era. Ele simplesmente me abraçou, fez uma carícia no meu rosto, fez com que eu me sentisse simplesmente amado".

O calor humano do papa Francisco foi decisivo para que a revistaTime o escolhesse como "Personalidade do Ano 2013". A publicação afirma que o papa está mudando o "tom e a percepção" da Igreja no mundo.

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