Papa Emérito Bento XVI celebra Missa para seus ex-alunos

Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano

Estamos no caminho certo se tentamos nos tornar pessoas que “descem” para servir e levar a gratuidade de Deus. Assim disse o Papa Emérito Bento XVI na Missa celebrada na manhã deste domingo, 2, na capela do Governatorato no Vaticano. A celebração foi por ocasião do encerramento do tradicional encontro do professor Ratzinger com seus ex-alunos, os “Ratzinger Schuelerkreis”.

O encontro dos alunos aconteceu como de costume em Castel Gandolfo, mas neste ano não contou com a participação do Papa Emérito. Esta 38º edição da reunião foi dedicada ao tema “A questão de Deus diante da secularização”. 

Todos na vida querem encontrar o seu lugar bom, mas qual é verdadeiramente este lugar? A homilia de Bento XVI foi, no fundo, uma resposta a esta pergunta e partiu do Evangelho deste domingo, no qual Jesus convida a tomar o último lugar.


“Um lugar que pode parecer muito bom, pode revelar-se um lugar muito ruim”, observou o Papa Emérito, fazendo referência ao que já aconteceu neste mundo, também nos últimos anos, onde se vê como “os primeiros” foram derrubados e de repente transformaram-se “últimos” e aquele lugar que parecia bom estava “errado”.

“Jesus nos diz que o lugar certo é aquele próximo a Ele, o lugar de acordo com Sua medida”, disse.  Bento XVI destacou que independente do lugar que a história queira atribuir a cada um, o que é determinante é a responsabilidade diante de Deus, e a responsabilidade pelo amor, pela justiça e pela verdade.

O Papa Emérito fez também na homilia uma catequese sobre o sentido do abaixamento, da humilhação de Cristo e sobre a essência do amor de Deus. “A Cruz na história, é o último lugar (...), mas João, no Evangelho, vê esta humilhação extrema como a verdadeira exaltação”. 

A Missa foi concelebrada com Bento XVI pelos cardeais Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Christoph Schönborn, arcebispo de Viena. Também concelebraram os arcebispos Georg Gaenswein, prefeito da Casa Pontifícia e Barthelemy Adoukonou, secretário do Pontifício Conselho da Cultura, além do bispo auxiliar de Hamburgo, Dom Hans-Jochen Jaschke.


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