Papa Francisco nos fala do sofrimento e da esperança que fazem parte do caminho cristão.
Na Solenidade da Assunção da Virgem Maria, Papa Francisco nos fala das nossas lutas em meio aos sofrimentos da vida como sinal de esperança e de salvação. Nessa luta contra os poderes do mal, em meio aos nossos sofrimentos, não estamos sozinhos. Nossa Senhora está conosco, caminha conosco, sofre conosco. Mas, ela também está glorificada no Céu, por isso, ela é sinal de esperança e de salvação para todos nós.
O livro do Apocalipse apresenta a visão da luta entre a mulher e o dragão (cf. Ap 12, 1ss). A figura da mulher, que representa a Igreja, é por um lado gloriosa, triunfante, mas por outro ainda está a caminho. No Céu, a Igreja já está associada à glória eterna mas na história vive continuamente as provas e os desafios que comporta o conflito entre Deus e o Maligno. Nesta luta, que todos os discípulos de Jesus devemos enfrentar, Maria não nos deixa sozinhos. A Mãe da Igreja está sempre conosco, caminha conosco. A festa da Assunção nos recorda que Nossa Senhora entrou de uma vez por todas na glória do celeste. Mas, isto não significa que esteja distante, separada de nós. Ao contrário, a Virgem Maria nos acompanha, luta conosco, nos apoia no combate contra as forças do mal. “A oração com Maria, em particular o Rosário tem também esta dimensão ‘agonística’, isso é, de luta, uma oração que apoia na batalha contra o Maligno e os seus cúmplices”.
Toda a nossa fé tem como base a ressurreição de Cristo dos mortos, inclusive o mistério da Assunção de Maria em corpo e alma ao Céu. Jesus Cristo entrou para sempre na vida eterna, com a sua humanidade, recebida de sua Mãe. Por sua vez, Maria que seguiu seu Filho fielmente por toda a vida, seguiu-O com o coração, entrou com Ele na vida eterna. “Maria conheceu o martírio da cruz: o martírio do seu coração, o martírio da alma”. Nossa Senhora esteve plenamente unida a Cristo na morte, por isso, lhe foi dado o dom da ressurreição. “Cristo é a primícia dos ressuscitados, e Maria é a primícia dos redimidos”, a primeira daqueles que são de Cristo (cf. 1 Cor 15, 23). A Santíssima Virgem é nossa Mãe, mas também é a nossa representante, a nossa primeira irmã, a primeira dos redimidos que chegou ao Céu.
Para nós cristãos, “a esperança é a virtude de quem, experimentando o conflito, a luta cotidiana entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, crê na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor”. O cântico de Maria, o Magnificat, é o cântico da esperança, o cântico do Povo de Deus que está a caminho da eternidade. Este é o cântico dos santos e santas, alguns deles desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, irmãs, jovens, crianças, avôs, avós, que “enfrentaram a luta da vida levando no coração a esperança dos pequenos e dos humildes. […] Este cântico é particularmente intenso lá onde o Corpo de Cristo sofre hoje a Paixão”. Quanto a cruz de Cristo está presente em nossas vidas, nos sofrimentos e tribulações, para nós cristãos está a esperança, sempre. Não deixemos que nos roubem a esperança, pois esta é uma graça, um dom de Deus que nos leva a perseverar no caminho rumo ao Céu. Maria caminha conosco, sofre conosco, canta conosco o Magnificat da esperança.
O Papa Francisco termina a sua reflexão convidando a nos unir com a Virgem Maria em seu cântico de esperança: “Queridos irmãos e irmãs, unamo-nos, com todo o coração, a este cântico de paciência e de vitória, de luta e de alegria, que une a Igreja triunfante com aquela peregrina”. Nos unamos a Nossa Senhora através da oração, como nos convidou o Santo Padre, especialmente através da recitação do Rosário. Caminhemos com alegria unidos a Santíssima Virgem, na esperança de que um dia estaremos ressuscitados com Cristo no Reino dos Céus.
Fonte: CN
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