“Também hoje o senhor continua precisando de vocês, jovens. Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários”
Kelen Galvan
Da Redação
Da Redação
A Vigília de oração dos jovens com o Papa Francisco em Copacabana, na noite deste sábado, 27, começou pontualmente às 19h30, como previsto. A praia ficou lotada por um público recorde de três milhões de pessoas, segundo informações da assessoria de imprensa da jornada.
O Papa Francisco acompanhou algumas apresentações artísticas na abertura da Vigília, e muito compenetrado ouviu o testemunho de conversão de alguns jovens. A cada história, no palco, era construído o alicerce de uma Igreja, caracterizando a Porciúncula.
Em seu discurso, o Papa recordou o episódio da vida de São Francisco de Assis, em que ele, diante do Crucifixo, escuta Jesus lhe pedir: “Francisco, vai e repara a minha casa”. A princípio, o santo pensa que era para tornar-se um pedreiro e reconstruir um edifício feito de pedras, mas depois ele entende que precisa dar a sua “contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo”.
“Também hoje o senhor continua precisando de vocês, jovens”, afirmou o Santo Padre. “Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários”.
Mas como isso acontece? questionou o Papa. “Partindo do nome do local em que nos encontramos – Campus Fidei, Campo da Fé – pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras”.
Na primeira imagem, do “campo como lugar que se semeia”, Francisco recordou a passagem bíblica do semeador que saiu para semear no campo, algumas sementes deram frutos e outras não (cf. Mt 13,1-9), parábola que Jesus mesmo explica: “a semente é a Palavra de Deus que é lançada nos nossos corações”.
“Queridos jovens, isso significa que o verdadeiro Campus Fidei é o coração de cada um de vocês, é a vida de vocês. E é na vida de vocês que Jesus pede para entrar com a sua Palavra, com a sua presença. Por favor, deixem que Cristo e a sua Palavra entrem na vida de vocês, e nela possam germinar e crescer”, pediu o Santo Padre.
Na segunda imagem, “do campo como treinamento”. O Papa destacou que Jesus pede que “joguemos no seu time”, que sejamos seus discípulos. E recordando que aqui no Brasil o futebol é uma paixão nacional, o Santo Padre refletiu: “o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor”.
Os atletas assim procedem para conseguirem uma coroa, corruptível, explicou o Pontífice, e acrescentou: “quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!” (1Co 9, 25). Para alcançá-la, Jesus nos pede que “treinemos para estar em forma”, através da oração – diálogo com Ele -, dos sacramentos e do amor fraterno.
E sobre o “campo como canteiro de obras”, o Pontífice afirmou que “quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando se ‘sua’ a camisa procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho (…) tornamo-nos construtores da Igreja”.
Destacando a “Igreja” construída no palco, o Papa Francisco disse que, “na Igreja de Jesus nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; e não como uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos!”
“Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus! Digamos juntos: Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo!”.
Papa Francisco concluiu pedindo aos jovens que não se esqueçam de que eles são o “campo da fé!”, os “atletas de Cristo”. “Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor”.
Fonte: CN
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