Ela é identificada no Novo Testamento e no Alcorão como a mãe de
Jesus através da intervenção divina (Mateus 1:16-25, Lucas 1:26-56,
Lucas 2:1-7). Jesus é visto como o messias — o Cristo — em ambas as tradições,
dando origem ao nome comum de Jesus Cristo.
Os evangelhos canônicos de São Mateus e São Lucas descrevem Maria
como uma virgem (grego: παρθένος, parthenos). Tradicionalmente, os
cristãos acreditam que ela concebeu seu filho milagrosamente pela ação
do Espírito Santo. Os muçulmanos acreditam que ela concebeu pelo
comando de Deus. Isso ocorreu quando ela estava noiva de José e
aguardava o rito do casamento, que tornaria a união formal.Ela se
casou com José e o acompanhou a Belém, onde Jesus nasceu. De acordo
com o costume judaico, o noivado teria ocorrido quando ela tinha cerca
de 12 anos, o nascimento de Jesus aconteceu cerca de um ano
depois.
O Novo Testamento começa o seu relato da vida de Maria com a
anunciação, quando o anjo Gabriel apareceu a ela anunciando que Deus a
escolheu para ser a mãe de Jesus. A tradição da Igreja e os escritos
apócrifos afirmam que os pais de Maria eram um casal de idosos, São
Joaquim e Santa Ana.
A Bíblia registra o papel de Maria em eventos importantes da vida de
Jesus, desde o seu nascimento até a sua ascensão. Escritos apócrifos
falam de sua morte e posterior assunção ao céu.
Os cristãos da Igreja Católica, da Igreja Ortodoxa, da Igreja
Ortodoxa Oriental, da Igreja Anglicana e da Igreja Luterana acreditam
que Maria, como mãe de Jesus, é a Mãe de Deus (Μήτηρ Θεοῦ) e a
Theotokos, literalmente Portadora de Deus. Maria foi venerada desde o
início do cristianismo. Ao longo dos séculos ela tem sido um dos
assuntos favoritos da arte, da música e da literatura cristã.
Há uma diversidade significativa nas crenças e práticas devocionais
marianas entre as grandes tradições cristãs. A Igreja Católica tem uma
série de dogmas marianos, como a Imaculada Conceição de Maria e
Assunção de Maria. Os católicos se referem a ela como Nossa Senhora e
a veneram como a Rainha do Céu e Mãe da Igreja, porém, a maioria dos
protestantes não compartilham dessas crenças. Muitos protestantes vêem
um papel mínimo de Maria dentro do Cristianismo, com base nas poucas
referências bíblicas.
Também contar a historia de Maria é começar com seu pais Joaquim e
Ana, descendente do rei David. Ambos eram pessoas reconhecidamente de
boa índole e eram conhecidos pela sua compaixão, humildade e
generosidade. Joaquim e Ana atingiram uma idade muito avançada, mas
não tinham filhos. Este fato entristecia-os especialmente. Mas apesar
da idade, eles continuavam a orar incessantemente e a pedir a Deus
para que Ele lhes concedesse um filho.
Para isso fizeram até uma promessa de que se eles recebessem a dádiva
do nascimento de um filho, o destinariam para servir a Deus. Naqueles
tempos não ter filhos era considerado um castigo divino pelos pecados
cometidos. Joaquim em particular sofria muito com a falta de filhos,
principalmente porque, de acordo com a as profecias, na sua família
deveria nascer o Messias-Jesus. Pela paciência e fé Deus deu a Joaquim
e Ana uma grande alegria: finalmente conceberam uma filha e a Ela foi
dado o nome de Maria, o que em hebreu significa: "Senhora,
Esperança."
Como havia prometido quando a Virgem Maria completou 3 anos, os seus
beneméritos pais prepararam-na para cumprir a promessa fixada por
eles: levaram-na a um templo em Jerusalém para que Ela pudesse dedicar
a Sua vida a Deus. A Virgem Maria ficou a residir junto ao templo. Aí,
Ela e outras companheiras estudavam as leis de Deus e executavam
trabalhos manuais, rezavam e liam as Escrituras Sagradas. Junto a este
templo a Virgem Maria viveu perto de 11 anos, cresceu, desenvolvendo
em si uma profunda compaixão, em tudo entregue à vontade de Deus,
imensamente modesta e dedicada em seus esforços. Desejando viver e
dedicar-se exclusivamente a Deus, ela fez um voto de não se casar e
permanecer para sempre virgem.
Os já bastante idosos Joaquim e Ana não viveram muito mais tempo e a
Virgem Maria ficou órfã. Quando completou 14 anos, Ela não poderia
mais continuar, pelas leis, a residir junto ao templo e era necessário
que se casasse. O pároco principal, conhecendo o voto por Ela feito,
para não o prejudicar, celebrou apenas pró-forma o Seu casamento com
um parente distante, que enviuvara na casa dos 80 anos - um ancião de
nome José. José comprometeu-se a cuidar Dela e a proteger a Sua
condição de Virgem. José vivia em Nazaré. Ele também era descendente
da família de David, era um homem sem posses e trabalhava como
marceneiro. Do seu primeiro casamento José tivera os filhos Judas,
Ócio, Simão e Jacób., os quais nas escrituras são denominados "irmãos"
de Jesus. A Sagrada Virgem Maria, levava na casa de José a mesma vida
modesta e disciplinada que levara antes no templo.
No sexto mês após a aparição do Arcanjo Gabriel a Zacarias, por
motivo do nascimento de São João Baptista, o mesmo Arcanjo Gabriel foi
enviado por Deus para a cidade de Nazaré ao encontro da Sagrada Virgem
Maria com a feliz notícia que Deus A escolhera para ser a Mãe do
Salvador do mundo. O Arcanjo Gabriel surge perante Ela e anuncia-Lhe:
"Deus te salve, cheia de graça; o Senhor é contigo. Abençoada és Tu
entre as mulheres!" - Ela ao ouvir estas palavras, perturbou-se e
começou a pensar que saudação seria esta. O Arcanjo disse-lhe: "Não
temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus, eis que conceberás no
teu ventre e darás a luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Este
será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor Deus Lhe dará
o trono de seu pai David, reinará sobre a casa de Jacob eternamente e
o Seu reino não terá fim."
Maria disse ao anjo: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?"
Respondendo o Arcanjo disse-lhe: "O Espírito Santo descerá sobre Ti e
a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra, por isso mesmo o
Santo que há de nascer de Ti, será chamado Filho de Deus. Eis que
também Isabel, tua parente, concebeu um filho na sua velhice e este é
o sexto mês da que se dizia estéril, porque a Deus nada é impossível."
Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo
a tua palavra." E o Arcanjo afastou-se dela.
A Sagrada Virgem Maria, após ter recebido do Arcanjo a notícia que a
sua parente Isabel, mulher de Zacarias, daria proximamente à luz um
filho, apressou-se a ir visitá-la. Entrou em casa de Zacarias e saudou
Isabel. Aconteceu que apenas Isabel ouviu a saudação da Virgem Maria,
o menino saltou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo e
constatou Que sim, a Virgem Maria fora consagrada para ser a Mãe de
Jesus Cristo. Exclamou em voz alta "Bendita és Tú entre as mulheres e
bendito é o fruto de teu ventre. Donde a mim esta dita, que a mãe do
meu Senhor venha ter comigo?" Então a Virgem Maria disse: "Minha alma
glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador."
Porque lançou os olhos para a humilhação da sua serva, portanto eis
que de hoje em diante, todas as gerações me chamarão Bem-Aventurada.
Porque o Todo-Poderoso fez em mim grandes coisas, o Seu nome é santo.
E a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles
que o temem. A Virgem Maria ficou a morar durante aproximadamente 3
meses junto a Isabel e depois voltou para sua casa em
Nazaré.
Deus informou também José do nascimento de Cristo. O anjo de Deus,
apareceu-lhe em sonhos e comunicou-lhe que a Virgem Maria iria ter um
filho, por obra do Espírito Santo, como Deus já havia avisado através
do profeta Isaías (7:14) e ordenou que Lhe fosse dado o nome de
"Jesus, nome que em hebraico significa Salvador, porque Ele salvará as
pessoas de seus pecados."
Os acontecimentos seguintes relatados pelo Evangelho, recordam a
Virgem Maria ligada diretamente aos fatos da vida de seu Filho - Nosso
Senhor Jesus Cristo. Os fatos falam Dela no nascimento de Cristo em
Belém, depois na altura da circuncisão, das saudações dos reis magos,
da apresentação no templo no 40o dia, da fuga para o Egito, da
residência em Nazaré, da viagem a Jerusalém na Páscoa, quando Cristo
completou 12 anos e assim por diante. Estes fatos não necessitam de
maiores esclarecimentos. Porém é importante destacar que apesar do
Evangelho citar a Virgem Maria sucintamente, estas referências
demonstram com clareza aos leitores a grandeza da sua condição
espiritual: a Sua modéstia e humildade, a Sua enorme fé, paciência,
coragem, aceitação da vontade de Deus e total entrega e dedicação a
Seu Filho, Filho de Deus. Nós vemos portanto porque foi Ela, pelas
palavras do Arcanjo, contemplada para adquirir a graça de
Deus.
O primeiro milagre realizado por Jesus Cristo, foi num casamento na
Galileia, o qual nos dá com clareza a imagem da Virgem Maria como
Defensora perante Seu Filho de todas as pessoas que se encontram em
dificuldades. Percebendo a falta de vinho na festa de casamento, a
Virgem Maria chama para este fato a atenção de Seu Filho e, apesar de
Cristo lhe ter respondido como se estivesse a esquivar: "O que diz
isto respeito a Mim e a Você Mulher? Ainda não chegou a minha hora."
Ela, sem se perturbar com esta meia resposta, estando confiante que o
Filho não deixaria um pedido Dela sem atenção adequada, disse aos
servos: "O que Ele lhes disser, façam!" Como é clara neste alerta aos
servos a preocupada compaixão da Mãe de Cristo, para que o iniciado
por Ela seja conduzido até um final feliz! De fato, o seu pedido não
ficou sem ser atendido e Jesus Cristo realizou aqui seu primeiro
milagre, tirando de uma situação constrangedora pessoas que não tinham
muitas posses, após o que "acreditaram Nele seus discípulos" (João
2:11).
Os fatos seguintes narrados pelo Evangelho mostram-nos a Virgem
Maria, permanentemente ansiosa por Seu Filho, acompanhando as Suas
viagens e deslocações, próxima Dele em diversas circunstâncias
difíceis e preocupada com as condições do seu repouso doméstico e paz,
coisas que Ele nunca aceitava ou considerava como desnecessárias.
Finalmente, vemo-La em pé e numa indescritível dor junto ao seu Filho
crucificado, ouvindo as suas últimas palavras e pedidos (Cristo
entregou-A ao seu discípulo preferido, para que cuidasse dela).
Nenhuma palavra de queixa ou desespero sai de Sua boca. Ela entrega
tudo à vontade de Deus.
Ainda de forma resumida fala-se sobre a Virgem Maria no livro dos
Atos dos Apóstolos, quando sobre Ela e sobre os apóstolos no dia de
Pentecostes pousa o Espírito Santo em forma de línguas de fogo. Após
este fato, segundo a Tradição da igreja, Ela viveu mais 10 ou 20 anos.
O apóstolo João, a pedido de Nosso Senhor Jesus Cristo, acolheu-a em
sua casa com grande amor, como se fosse Sua mãe, e cuidou Dela até o
Seu final. Quando a fé cristã se espalhou por outros países, muitos
cristãos vinham de países distantes para A ver e ouvir. Desta época em
diante, a Sagrada Virgem Maria tornou-se para todos os discípulos de
Cristo uma Mãe comum e um elevado exemplo de conduta a ser
seguido.
Certa vez, quando a Virgem Maria estava a rezar no monte Eleon, perto
de Jerusalém, apareceu-lhe o Arcanjo Gabriel com um ramo de figueira
em suas mãos e diz-Lhe que dali a 3 dias a Sua existência na Terra
estará terminada e que Jesus Cristo virá buscá-la para a levar com
Ele. Cristo fez tudo de maneira a que nessa época todos os apóstolos
vindos de países diferentes estivessem todos em Jerusalém. No momento
do seu final, uma luz intensa iluminou o quarto onde estava a Virgem
Maria. Jesus Cristo, rodeado de Seus anjos surgiu e recebeu a Sua alma
puríssima. Os apóstolos sepultaram o sagrado corpo da Virgem Maria, de
acordo com a Sua vontade, ao pé da montanha Eleon, no Jardim
Gethsemani, na mesma caverna-túmulo onde estavam sepultados os corpos
de seus pais e também de José. Durante o funeral aconteceram muitos
milagres. Apenas por tocarem o caixão da Virgem Maria, cegos começavam
a ver, maus espíritos eram expulsos dos possuídos e todas as doenças
curadas. Três dias após o funeral da Virgem Maria, chega a Jerusalém,
atrasado, o apóstolo Tomé. Tomé estava muito triste porque não
conseguira despedir-se da Mãe de Cristo e do fundo da alma desejava
orar e prestar homenagens em seu túmulo.
Quando abriram a caverna, onde a Virgem Maria havia sido sepultada,
não encontraram o Seu corpo, somente os véus utilizados no funeral.
Impressionados, os apóstolos voltaram para suas casas. À noite durante
as suas orações eles ouviram anjos a cantar. Olhando para cima, os
apóstolos viram no alto, no ar, a Virgem Maria cercada de anjos,
iluminada por uma intensa luz celestial. Ela disse aos apóstolos:
"Alegrem-se, Eu estou com vocês todos os dias!" Esta sua promessa de
ajudar e defender os cristãos Ela mantém até os dias de hoje,
assumindo-se como nossa Mãe celeste. Em virtude de seu imenso amor e
ajuda poderosa, os cristãos desde épocas antigas consideram-Na e
procuram-Na em busca de ajuda, chamando-A defensora incansável de
todos os cristãos existentes, alegria de todos os que sofrem, Aquela
que mesmo após a sua morte, nunca nos abandonará.
Desde os tempos mais antigos, a exemplo do profeta Isaías e de sua
parente Isabel, os cristãos passaram a chamá-la de Mãe de Cristo e Mãe
de Deus. Esta denominação vem do fato de Ela ter dado vida e corpo
Àquele Que sempre foi e sempre será o Deus verdadeiro. A Sagrada
Virgem Maria é por si só um grande exemplo para ser seguido por todos
os que querem agradar a Deus. Ela foi a primeira quem se decidiu
inteiramente a dedicar a sua vida a Deus.
Ela demonstrou que a sua voluntária condição de Virgem está acima da
vida em família e do casamento. Seguindo o seu exemplo, a partir dos
primeiros séculos, muitos cristãos optaram por viver as suas vidas na
castidade, virgindade, em orações, jejum e pensamento em Deus. Assim
surgiu e se consagrou a prática dos conventos e mosteiros. Que pensar
do mundo contemporâneo, que absolutamente não valoriza e até humilha a
virtude da castidade, virgindade, esquecendo as palavras de Cristo:
"Há eunucos que a si mesmo se fizeram eunucos por amor do reino dos
céus. Quem pode compreender, compreenda!" (Mat.19:1-2) ?!. Resumindo
este breve relato da vida terrena da Sagrada Virgem Maria, é
necessário dizer que Ela, em Seu momento máximo de graça e alegria,
quando foi escolhida para ser a Mãe do Salvador do mundo e também no
momento da sua máxima dor aos pés da cruz (conforme profecia de Simeão
"Seu coração foi dilacerado") demonstrou total
autocontrole.
Assim, Ela demonstrou toda a força e beleza de suas bênçãos e graças:
Fé inabalável, paciência, coragem, esperança em Deus e amor a Ele,
aceitação. Por isso nós, cristãos, temos um imenso respeito, admiração
e consideração por Ela e esforçamo-nos por imitá-La nos seus
exemplos.
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