'A ministra deveria ser enviada aos recônditos do país', diz padre Fábio de Melo sobre pedido de salário acima do teto


No Twitter, o padre disse que este foi mais um exemplo dos "deboches" da política brasileira e exigiu uma reforma política que evite esses tipos de "disparates".




A polêmica em torno da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, após ela pedir ao governo um salário de R$ 61 mil gerou um desabafo sobre a política brasileira na conta do Twitter do padre Fábio de Melo. O religioso criticou a postura da ministra e sugeriu que ela fosse enviada aos "recônditos do país, aos lugares onde os professores exercem seus ofícios recebendo salários de miséria".


Ontem, Luislinda foi alvo de críticas após fazer um requerimento ao Ministério do Planejamento para acumular seu salário como ministra com o de desembargadora aposentada, o que lhe renderia um salário mensal de mais de R$ 61 mil. Ela alegou que, por causa do teto constitucional (de R$ 33,7 mil), ela "só" recebe um pouco mais da metade do valor que diz merecer por direito.



A ministra ainda justificou seu pedido dizendo que precisava do dinheiro porque tinha muitas despesas. "Tenho que me vestir com dignidade, tenho que estar maquiada, eu tenho uma representatividade e eu trabalho", exemplificou. Ainda comparou sua condição ao trabalho escravo. "Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo", disse ao jornal O Estado de S. Paulo.


As declarações de Luislinda irritaram padre Fábio de Melo. No Twitter, ele disse que este foi mais um exemplo dos "deboches" da política brasileira e exigiu uma reforma política que evite esses tipos de "disparates". "Enquanto não houver uma reforma política que reconsidere estes disparates, seguiremos descrentes, sem esperanças", escreveu.



Ele também lembrou dos brasileiros que recebem salário mínimo e que, mesmo assim, têm "puro respeito e amor às questões humanas".



Com a repercussão negativa, a ministra Luislinda Valois desistiu do requerimento. "Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o Ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação", diz a nota enviada ontem pelo Ministério dos Direitos Humanos.

Via HuffPost 
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