Internada, professora da creché da Janaúba só repetia: 'como estão minhas crianças'

Na porta da Santa Casa de Montes Claros, no Norte de Minas, o barulho de ambulâncias entrando e saindo. Médicos e enfermeiros correm de um lado para o outro para conseguir atender a todos. 



Uma das vítimas é a auxiliar de uma professora, Jessica Morgana, de 24 anos. Ela era uma das pessoas que cuidavam das crianças no momento em que o local foi incendiado. O namorado da jovem, Hélder Jadson, de 31 anos, que também é professor, aguardava notícias da namorada na porta do hospital.
“Eu estava dando aulas no momento e vi uma professora chorando. Quando perguntei o que ocorreu, ela disse que colocaram fogo na creche Gente Inocente e eu saí correndo”, contou emocionado. Segundo ele, Jessica tentou salvar as crianças e a única coisa que gritava no hospital era: “Como estão minhas crianças?”.


Segundo Jadson, no momento do crime, as crianças assistiam a um filme por causa da semana da criança. “Quando ele chegou com um balde, todos acharam que era sorvete. Mas era álcool e gasolina e ele jogou no meio de todo mundo”, contou.
Emocionada, a mãe de Jessica, Maria Solange Silva, de 42 anos,  só conseguia falar que a filha ama a profissão e as crianças. “Estou muito triste, elas (vítimas) são bebês”, disse.


A Santa Casa de Montes Claros, conforme a assessoria de imprensa, só tem 20 leitos e cinco deles são para crianças. Médicos e outros profissionais de saúde vieram ajudar. Pacientes estáveis precisaram ser levados para outros hospitais da região.

Via O Tempo
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