Jogo Baleia Azul é mais um passo do diabo na sociedade, adverte sacerdote


Recentemente, autoridades e a imprensa brasileiras alertaram sobre a disseminação no país de um jogo chamado Baleia Azul, que leva ao suicídio de jovens e representa “mais um passo” do diabo na sociedade, segundo o Padre José Eduardo de Oliveira da Diocese de Osasco (SP).



O Baleia Azul se trata de uma série de 50 desafios que são passados aos participantes por meio de grupos fechados em redes sociais, como desenhar uma baleia, cortar o próprio corpo, assistir filmes de terror de madrugada, entre outros, sendo o último deles cometer o suicídio.
O desafio teve início na Rússia e, nos últimos dias, foram registrados casos de suicídios de jovens no Brasil relacionados ao jogo. Além disso, casos de tentativas de adolescentes de tirar a própria vida estão sendo investigados.
Diante disso, Pe. José Eduardo de Oliveira, conhecido pelo seu apostolado nas redes sociais,  postou nesta quarta-feira, 19, em seu Facebook uma reflexão intitulada “‘Baleia azul’ e o abismo da cultura de morte”.
O sacerdote, Doutor em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Roma), observou que “o século XX foi o século da ‘cultura da morte’: começamos com duas guerras e o comunismo, genocídio e democídio incomparáveis; depois, começou-se a difundir o aborto (matar os filhos); em seguida, puseram-se a praticar a eutanásia (matar os pais); por fim, criaram clínicas para o suicídio assistido (matar-se a si mesmo)”.
“Agora – alerta –, o diabo deu mais um passo: está fazendo os adolescentes e jovens flertarem com o suicídio disfarçado de jogo: ‘A Baleia azul’”.
“Como a absorção do Evangelho não se faz à margem da família, e a própria Igreja é uma estrutura primária da sociedade, uma família sobrenatural, a exclusão de Deus da sociedade laicista só produzirá estes frutos amargos e letais”, acrescenta.
Nesse sentido, faz uma exortação: “Quem dera os homens acordassem e corressem para a direção contrária: Deus, a família e a vida… — Despertai, antes que seja tarde demais!”.


O que a Igreja diz sobre o suicídio
Em um recente artigo, Prof. Felipe Aquino, apresentador do programa Escola da Fé na TV Canção Nova, explicou que “a Igreja sempre ensinou que não somos proprietários da nossa vida, e sim Deus, por isso não podemos pôr fim a ela”.
Para tal, cita o Catecismo da Igreja Católica, que em seu parágrafo 2280 afirma: “Cada um é responsável por sua vida diante de Deus, que lhe deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor. Devemos receber a vida com reconhecimento e preservá-la para honra dele e salvação de nossas almas. Somos os administradores e não os proprietários da vida que Deus nos confiou. Não podemos dispor dela”.
Neste sentido, acrescenta, “a prática do suicídio torna-se mais grave ainda se for usado como exemplo, especialmente para os jovens, para justificar que a vida não tem sentido, e que por isso se possa eliminá-la”.
“Uma mentalidade pagã que tem como único sentido para a vida o prazer, quando este não é possível, pode querer suprimi-la”, assinala, ressaltando que “cooperar com o suicídio de alguém é também falta grave”.


Por outro lado, lembra que “a Igreja reconhece que as motivações ao suicídio podem ser complexas” e o próprio Catecismo diz que “distúrbios psíquicos graves, a angústia ou o medo grave da provação, do sofrimento ou da tortura podem diminuir a responsabilidade do suicida” (CIC §2282).
Por isso, “não se deve desesperar da salvação das pessoas que se mataram. Deus pode, por caminhos que só Ele conhece, dar-lhes ocasião de um arrependimento salutar. A Igreja ora pelas pessoas que atentaram contra a própria vida” (CIC §2283).
É importante, indica Prof. Felipe Aquino, oferecer orações a Deus por uma pessoa que tenha cometido suicídio “e principalmente a santa Missa pela salvação e sufrágio de sua alma”. 

Via ACI
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