Domingo de Ramos: Bendito o que vem em nome do Senhor!

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Hoje (24), a Igreja celebra o Domingo de Ramos, dando início à Semana Santa.  O Evangelho do dia corresponde à leitura do evangelho de são Marcos. O primeiro (Mc 11,1-10), lido antes da procissão, narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, já o segundo (Mc 15,1-39, na forma breve) traz a narração da Paixão de Cristo.

A seguir, leia os Evangelhos deste Domingo de Ramos:
Evangelho - Procissão - Mc 11,1-10

Bendito o que vem em nome do Senhor.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 11,1-10

1Quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 

2dizendo: 'Ide até o povoado que está em frente, e logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! 

3Se alguém disser: 'Por que fazeis isso?', dizei: 'O Senhor precisa dele, mas logo o mandará de volta'.' 

4Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram. 

5Alguns dos que estavam ali disseram: 'O que estais fazendo, desamarrando este jumentinho?' 

6Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. 

7Trouxeram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou. 

8Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. 

9Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: 'Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 

10Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!' 

Palavra da Salvação.

Evangelho - Mc 14,1-15,47

Procuravam um meio de prender Jesus à traição, para matá-lo.

+ Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos 14,1-15,47

1Faltavam dois dias para a Páscoa e para a festa dos Ázimos. Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei
procuravam um meio de prender Jesus à traição, para matá-lo.

2Eles diziam: 'Não durante a festa, para que não haja um tumulto no meio do povo.' Derramou perfume em meu corpo, preparando-o para a sepultura. 

3Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Quando estava à mesa, veio uma mulher com um vaso de alabastro cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o vaso e derramou o perfume na cabeça de Jesus.

4Alguns que estavam ali ficaram indignados e comentavam: 'Por que este desperdício de perfume?

5Ele poderia ser vendido por mais de trezentas moedas de prata, que seriam dadas aos pobres.' E criticavam fortemente a mulher.

6Mas Jesus lhes disse: 'Deixai-a em paz! Por que aborrecê-la? Ela praticou uma boa ação para comigo.

7Pobres sempre tereis convosco e quando quiserdes podeis fazer-lhes o bem. Quanto a mim não me tereis para sempre.

8Ela fez o que podia: derramou perfume em meu corpo, preparando-o para a sepultura.

9Em verdade vos digo, em qualquer parte que o Evangelho for pregado, em todo o mundo, será contado o que ela fez, como lembrança do seu gesto.' Prometeram a Judas Iscariotes dar-lhe dinheiro. 

10Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os sumos sacerdotes para entregar-lhes Jesus.

11Eles ficaram muito contentes quando ouviram isso, e prometeram dar-lhe dinheiro. Então, Judas começou a procurar uma boa oportunidade para entregar Jesus. Onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos?

12No primeiro dia dos ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: 'Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?'

13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: 'Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: 'O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos?' 

15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Ali fareis os preparativos para nós!'

16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. Um de vós, que come comigo, vai me trair.'

17Ao cair da tarde, Jesus foi com os doze.  

18Enquanto estavam à mesa comendo, Jesus disse: 'Em verdade vos digo, um de vós, que come comigo, vai me trair.'

19Os discípulos começaram a ficar tristes e perguntaram a Jesus, um após outro: 'Acaso serei eu?'

20Jesus lhes disse: 'É um dos doze, que se serve comigo do mesmo prato. 

21O Filho do Homem segue seu caminho, conforme está escrito sobre ele. Ai, porém, daquele que trair o Filho do Homem! Melhor seria que nunca tivesse nascido!' Isto é o meu corpo. Isto é o meu sangue, o sangue da aliança.

22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: 'Tomai, isto é o meu corpo.'

23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. 

24Jesus lhes disse: 'Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos.

25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.' Antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.26Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.

27Então Jesus disse aos discípulos: 'Todos vós ficareis desorientados, pois está escrito: 'Ferirei o pastor e as ovelhas se dispersarão.' 

28Mas, depois de ressuscitar, eu vos precederei na Galiléia.'

29Pedro, porém, lhe disse: 'Mesmo que todos fiquem desorientados, eu não ficarei.'

30Respondeu-lhe Jesus: 'Em verdade te digo, ainda hoje, esta noite, antes que o galo cante duas vezes,
três vezes tu me negarás.' 

31Mas Pedro repetiu com veemência: 'Ainda que tenha de morrer contigo, eu não te negarei.' E todos diziam o mesmo. Começou a sentir pavor e angústia.

32Chegados a um lugar chamado Getsêmani, disse Jesus aos discípulos: 'Sentai-vos aqui, enquanto eu vou rezar!'

33Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir pavor e angústia. 

34Então Jesus lhes disse: 'Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai.'

35Jesus foi um pouco mais adiante e, prostrando-se por terra, rezava que, se fosse possível, aquela hora se afastasse dele.

36Dizia: 'Abbá! Pai! Tudo te é possível: Afasta de mim este cálice! Contudo, nóo seja feito o que eu quero, mas sim o que tu queres!' 

37Voltando, encontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro: 'Simão, tu estás dormindo? Não pudeste vigiar nem uma hora?

38Vigiai e orai, para não cairdes em tentaçóo! Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.' 

39Jesus afastou-se de novo e rezou, repetindo as mesmas palavras. 

40Voltou outra vez e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono e eles não sabiam o que responder.

41Ao voltar pela terceira vez, Jesus lhes disse: 'Agora podeis dormir e descansar. Basta! Chegou a hora!
Eis que o Filho do Homem é entregue nas mãos dos pecadores.

42Levantai-vos! Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando.'  Prendei-o e levai-o com segurança!'

43E logo, enquanto Jesus ainda falava, chegou Judas, um dos doze, com uma multidão armada de espadas e paus.Vinham da parte dos sumos sacerdotes, dos mestres da Lei e dos anciãos do povo. 

44O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: 'É aquele a quem eu beijar. Prendei-o e levai-o com segurança!'

45Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo: Mestre!', e o beijou.

46Então lançaram as mãos sobre ele e o prenderam.

47Mas um dos presentes puxou a espada e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. 

48Jesus tomou a palavra e disse: 'Vós saístes com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um assaltante.

49Todos os dias eu estava convosco, no Templo, ensinando, e não me prendestes. Mas isto acontece para que se cumpram as Escrituras.'

50Então todos o abandonaram e fugiram.

51Um jovem, vestido apenas com um lençol, estava seguindo a Jesus, e eles o prenderam. 

52Mas o jovem largou o lençol e fugiu nu. Tu és o Messias, o Filho de Deus Bendito?

53Então levaram Jesus ao Sumo Sacerdote, e todos os sumos sacerdotes, os anciãos e os mestres da Lei se reuniram.

54Pedro seguiu Jesus de longe, até o interior do pátio do Sumo Sacerdote. Sentado com os guardas, aquecia-se junto ao fogo.

55Ora, os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus, para condená-lo à morte, mas não encontravam.

56Muitos testemunhavam falsamente contra ele, mas seus testemunhos não concordavam.

57Alguns se levantaram e testemunharam falsamente contra ele, dizendo: 

58'Nós o ouvimos dizer: 'Vou destruir este templo feito pelas mãos dos homens, e em três dias construirei um outro, que não será feito por mãos humanas!`'

59Mas nem assim o testemunho deles concordava. 

60Então, o Sumo Sacerdote levantou-se no meio deles e interrogou a Jesus: 'Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti?'

61Jesus continuou calado, e nada respondeu. O Sumo Sacerdote interrogou-o de novo: 'Tu és o Messias, o Filho de Deus Bendito?'

62Jesus respondeu: 'Eu sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso, vindo com as nuvens do céu.'

63O Sumo Sacerdote rasgou suas vestes e disse: 'Que necessidade temos ainda de testemunhas? 

64Vós ouvistes a blasfêmia! O que vos parece?' Então todos o julgaram réu de morte. 

65Alguns começaram a cuspir em Jesus. Cobrindo-lhe o rosto, o esbofeteavam e diziam: 'Profetiza!' Os guardas também davam-lhe bofetadas. Nem conheço esse homem de quem estais falando. 

66Pedro estava em baixo, no pátio. Veio uma criada do Sumo Sacerdote, 67e, quando viu Pedro que se aquecia, olhou bem para ele e disse: 'Tu também estavas com Jesus, o Nazareno!'

68Mas Pedro negou, dizendo: 'Não sei e nem compreendo o que estás dizendo!' E foi para fora, para a entrada do pátio. E o galo cantou.

69A criada viu Pedro, e de novo começou a dizer aos que estavam perto: 'Este é um deles.' 

70Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os que estavam junto diziam novamente a Pedro:'É claro que tu és um deles, pois és da Galiléia.'

71Aí Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo: 'Nem conheço esse homem de quem estais falando.' 

72E nesse instante um galo cantou pela segunda vez. Lembrou-se Pedro da palavra que Jesus lhe havia dito: 'Antes que um galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.' Caindo em si, ele começou a chorar. Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?

15,1Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da Lei e todo o Sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos.

2E Pilatos o interrogou: 'Tu és o rei dos judeus?' Jesus respondeu: 'Tu o dizes.'

3E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus.

4Pilatos o interrogou novamente: 'Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!'

5Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou admirado.[

6Por ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem.

7Havia então um preso, chamado Barrabás, entre os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um assassinato.

8A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir que ele fizesse como era costume. 

9Pilatos perguntou: 'Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?' 

10Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja.

11Porém, os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás.

12Pilatos perguntou de novo: 'Que quereis então que eu façacom o rei dos Judeus?'

13Mas eles tornaram a gritar: 'Crucifica-o!'

14Pilatos perguntou: 'Mas, que mal ele fez?' Eles, porém, gritaram com mais força: 'Crucifica-o!'

15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado. Teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça. 

16Então os soldados o levaram para dentro do palácio, isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa.

17Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça.

18E começaram a saudá-lo: 'Salve, rei dos judeus!'

19Batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. 

20Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, vestiram-no de novo com suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo. Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota. 

21Os soldados obrigaram um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava do campo, a carregar a cruz.

22Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer 'Calvário'. Ele foi contado entre os malfeitores.

23Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele nóo o tomou.

24Então o crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte caberia a cada um.

25Eram nove horas da manhã quando o crucificaram.

26E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: 'O Rei dos Judeus'.

27Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.

(28)Porque eu vos digo: É preciso que se cumpra em mim a Palavra da Escritura: 'Ele foi contado entre os malfeitores.' A outros salvou, a si mesmo não pode salvar!

29Os que por ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: 'Ah! Tu que destróis o Templo
e o reconstróis em três dias, 30salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!'

31Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres da Lei, zombavam entre si, dizendo: 'A outros salvou, a si mesmo não pode salvar!

32O Messias, o rei de Israel... que desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!' Os que foram crucificados com ele também o insultavam. Jesus deu um forte grito e expirou.

33Quando chegou o meio-dia, houve escuridão sobre toda a terra, até as três horas da tarde.

34Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte: 'Eli, Eli, lamá sabactâni?', que quer dizer: 'Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?'

35Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram: 'Vejam, ele está chamando Elias!' 

36Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo: 'Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz.'

37Então Jesus deu um forte grito e expirou. Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa. 

38Neste momento a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes.

39Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse: 'Na verdade, este homem era Filho de Deus!'

40Estavam ali também algumas mulheres, que olhavam de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de Joset, e Salomé.

41Elas haviam acompanhado e servido a Jesus quando ele estava na Galiléia. Também muitas outras que tinham ido com Jesus a Jerusalém, estavam ali. José rolou uma pedra à entrada do sepulcro. 

42Era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, e já caíra a tarde.

43Então, José de Arimatéia, membro respeitável do Conselho, que também esperava o Reino de Deus, cheio de coragem, veio a Pilatos e pediu o corpo de Jesus.

44Pilatos ficou admirado, quando soube que Jesus estava morto. Chamou o oficial do exército e perguntou se Jesus tinha morrido há muito tempo.

45Informado pelo oficial, Pilatos entregou o corpo a José.

46José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e o envolveu no lençol. Depois colocou-o num túmulo, escavado na rocha, e rolou uma pedra à entrada do sepulcro.

47Maria Madalena, e Maria, mãe de Joset, observavam onde Jesus foi colocado.

Palavra da Salvação.

COMO FOI O DOMINGO DE RAMOS EM 2023?

A Igreja celebra o Domingo de Ramos, dando início à Semana Santa. O Evangelho do dia corresponde à leitura de Mateus. O primeiro (Mt 211-11) narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, já o segundo (Mt 2711-54) traz a narração da Paixão de Cristo.

A seguir, leia os Evangelhos deste Domingo de Ramos:

Mt 21,1-11

Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo-lhes: “Ide até o povoado que está ali na frente, e logo encontrareis uma jumenta amarrada, e com ela um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-os a mim! 3Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor precisa deles’, mas logo os devolverá’”.

4Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 5Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”.

6Então os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes havia mandado. 7Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou. 8A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho. 9As multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”

10Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se agitou, e diziam: “Quem é este homem?” 11E as multidões respondiam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia”.

Mt 27,11-54 (mais breve)

Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:

Leitor: “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1: Jesus declarou:

— “É como dizes”.

Narrador 1: 12E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou:

Leitor: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”

Narrador 1: 14Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos perguntou à multidão reunida:

Leitor: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”

Narrador 2: 18Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:

Mulher: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.

Narrador 2: 20Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a perguntar:

Leitor: “Qual dos dois quereis que eu solte?”

Narrador 2: Eles gritaram:

— “Barrabás”.

Narrador 2: 22Pilatos perguntou:

Leitor: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?”

Narrador 2: Todos gritaram:

— “Seja crucificado!”

Narrador 2: 23Pilatos falou:

Leitor: “Mas, que mal ele fez?”

Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:

— “Seja crucificado!”

Narrador 1: 24Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:

Leitor: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”

Narrador 1: 25O povo todo respondeu:

— “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.

Narrador 1: 26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. 27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele.

Leitor: 28Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho;

Narrador 1: 29depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:

— “Salve, rei dos judeus!”

Narrador 2: 30Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. 31Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. 32Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.

Narrador 1: 34Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. 35Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36E ficaram ali sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:

— “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.

Narrador 1: 38Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. 39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

Leitor: 40”Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”

Narrador 2: 41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:

Leitor: 42"A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.

Narrador 1: 44Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:

— “Eli, Eli, lamá sabactâni?”

Narrador 1: Que quer dizer:

— “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”

Narrador 1: 47Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:

— “Ele está chamando Elias!”

Narrador 1: 48E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram:

— “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”

Narrador 1: 50Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. (Todos se ajoelham)

Narrador 2: 51E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muito corpos dos santos falecidos ressuscitaram! 53Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. 54O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:

— “Ele era mesmo Filho de Deus!”


COMO FOI O DOMINGO DE RAMOS EM 2022? 
A Igreja Católica celebra o Domingo de Ramos, dando início à Semana Santa. O Evangelho do dia corresponde à leitura de Mateus. O primeiro Lc 19, 28-40 narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, já o segundo Lc 22, 14-23,56 traz a narração da Paixão de Cristo.
Evangelho - Procissão - Lc 19, 28-40

28 Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. 

29 Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 

30'Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui.

31Se alguém, por acaso, vos perguntar: 'Por que desamarrais o jumentinho?', respondereis assim: 'O Senhor precisa dele'.'

32Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito.

33Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: 'Por que estais desamarrando o jumentinho?'

34Eles responderam: 'O Senhor precisa dele.'

35E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar.

36E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho.

37Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto.

38Todos gritavam: 'Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!'

39Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus:'Mestre, repreende teus discípulos!'

40Jesus, porém, respondeu: 'Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão.'

Palavra da Salvação.

Evangelho - Lc 22, 14-23,56

14 Quando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos

15e disse: 'Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal, antes de sofrer.

16Pois eu vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus'.

17Então Jesus tomou um cálice, deu graças e disse: 'Tomai este cálice e reparti entre vós;

18pois eu vos digo que, de agora em diante, não mais bebereis do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus'. Fazei isto em memória de mim.

19A seguir, Jesus tomou um pão, deu graças, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo: 'Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim'.

20Depois da ceia, Jesus fez o mesmo com o cálice, dizendo: 'Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós' Mas ai daquele por meio de quem o Filho do Homem é entregue.

21'Todavia, a mão de quem me vai entregar está comigo, nesta mesa.

22Sim, o Filho do Homem vai morrer, como está determinado. Mas ai daquele homem por meio de quem ele é entregue.'

23Então os apóstolos começaram a perguntar uns aos outros qual deles haveria de fazer tal coisa. Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve.

24Houve também uma discussão entre eles sobre qual deles deveria ser considerado o maior. 

25Jesus, porém, lhes disse: 'Os reis das nações dominam sobre elas, e os que têm poder se fazem chamar benfeitores.

26Entre vós, não deve ser assim. Pelo contrário, o maior entre vós seja como o mais novo, e o que manda, como quem está servindo.

27Afinal, quem é o maior: quem está sentado à mesa, ou quem está servindo? Não é quem está sentado à mesa? Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve.

28Vós ficastes comigo em minhas provações. 

29Por isso, assim como o meu Pai me confiou o Reino, eu também vos confio o Reino.

30Vós havereis de comer e beber à minha mesa no meu Reino, e sentar-vos em tronos para julgar as doze tribos de Israel. Tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos.

31Simão, Simão! Olha que Satanás pediu permissóo para vos peneirar como trigo.

32Eu, porém, rezei por ti, para que tua fé não se apague. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos.'

33Mas Simão disse: 'Senhor, eu estou pronto para ir contigo até mesmo à prisão e à morte!'

34Jesus, porém, respondeu: 'Pedro, eu te digo que hoje, antes que o galo cante, três vezes tu negarás que me conheces.' É preciso que se cumpra em mim a palavra da Escritura.

35E Jesus lhes perguntou: 'Quando vos enviei sem bolsa, sem sacola, sem sandálias, faltou-vos alguma coisa?' Eles responderam: 'Nada.'

36Jesus continuou: 'Agora, porém, quem tiver bolsa, deve pegá-la; do mesmo modo, quem tiver uma sacola; e quem não tiver espada, venda o manto para comprar uma.

37Porque eu vos digo: É preciso que se cumpra em mim a palavra da Escritura: `Ele foi contado entre os malfeitores'. Pois o que foi dito a meu respeito tem de se realizar.'

38Mas eles disseram: 'Senhor, aqui estão duas espadas.'  Jesus respondeu: 'Basta.' Tomado de angústia, Jesus rezava com mais insistência.

39Jesus saiu e, como de costume, foi para o monte das Oliveiras. Os discípulos o acompanharam. 

40Chegando ao lugar, Jesus lhes disse: 'Orai para não entrardes em tentação.'

41Então afastou-se a uma certa distância e, de joelhos, começou a rezar:

42'Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua!'

43Apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava.

44Tomado de angústia, Jesus rezava com mais insistência. Seu suor tornou-se como gotas de sangue
que caíam no chão.

45Levantando-se da oração, Jesus foi para junto dos discípulos e encontrou-os dormindo, de tanta tristeza.

46E perguntou-lhes: 'Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai para não entrardes em tentação.' Judas, com um beijo tu entregas o Filho do Homem?

47Jesus ainda falava, quando chegou uma multidão. Na frente, vinha um dos Doze, chamado Judas,
que se aproximou de Jesus para beijá-lo.

48Jesus lhe disse: 'Judas, com um beijo tu entregas o Filho do Homem?'

49Vendo o que ia acontecer, os que estavam com Jesus disseram: 'Senhor, vamos atacá-los com a espada?'

50E um deles feriu o empregado do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.

51Jesus, porém, ordenou: 'Deixai, basta!' E tocando a orelha do homem, o curou.

52Depois Jesus disse aos sumos sacerdotes, aos chefes dos guardas do templo e aos ancióos, que tinham vindo prendê-lo: 'Vós saístes com espadas e paus, como se eu fosse um ladrão?

53Todos os dias eu estava convosco no templo, e nunca levantastes a mão contra mim. Mas esta é a vossa hora, a hora do poder das trevas.' Pedro saiu para fora e chorou amargamente.

54Eles prenderam Jesus e o levaram, conduzindo-o à casa do Sumo Sacerdote. Pedro acompanhava de longe.

55Eles acenderam uma fogueira no meio do pátio e sentaram-se ao redor. Pedro sentou-se no meio deles.

56Ora, uma criada viu Pedro sentado perto do fogo; encarou-o bem e disse: 'Este aqui também estava com ele!'

57Mas Pedro negou: 'Mulher, eu nem o conheço!' 

58Pouco depois, um outro viu Pedro e disse: 'Tu também és um deles.' Mas Pedro respondeu: 'Homem, não sou .'

59Passou mais ou menos uma hora, e um outro insistia: 'Certamente, este aqui também estava com ele,
porque é galileu!' Mas Pedro respondeu:

60'Homem, não sei o que estás dizendo!' Nesse momento, enquanto Pedro ainda falava, um galo cantou.

61Então o Senhor se voltou e olhou para Pedro. E Pedro lembrou-se da palavra que o Senhor lhe tinha dito: 'Hoje, antes que o galo cante, três vezes me negarás.'

62Então Pedro saiu para fora e chorou amargamente.  Profetiza quem foi que te bateu?

63Os guardas caçoavam de Jesus e espancavam-no; 

64cobriam o seu rosto e lhe diziam: 'Profetiza quem foi que te bateu?'

65E o insultavam de muitos outros modos. Levaram Jesus ao tribunal deles. 

66Ao amanhecer, os anciãos do povo, os sumos sacerdotes e os mestres da Lei reuniram-se em conselho e levaram Jesus ao tribunal deles.

67E diziam: 'Se és o Cristo, dize-nos!' Jesus respondeu: 'Se eu vos disser, não me acreditareis,

68e, se eu vos fizer perguntas, não me respondereis.

69Mas, de agora em diante, o Filho do Homem estará sentado à direita do Deus Poderoso.'

70Então todos perguntaram: 'Tu és, portanto, o Filho de Deus?' Jesus respondeu: 'Vós mesmos estais dizendo que eu sou!'

71Eles disseram: 'Será que ainda precisamos de testemunhas? Nós mesmos o ouvimos de sua própria boca!'

23,1Em seguida, toda a multidóo se levantou e levou Jesus a Pilatos. Não encontro neste homem nenhum crime.

2Começaram então a acusá-lo, dizendo: 'Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo,
proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei.'

3Pilatos o interrogou: 'Tu és o rei dos judeus?' Jesus respondeu, declarando: 'Tu o dizes!'

4Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão: 'Não encontro neste homem nenhum crime.'

5Eles, porém, insistiam: 'Ele agita o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.'

6Quando ouviu isto, Pilatos perguntou: 'Este homem é galileu?'

7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo.

8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre.

9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.

10Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência.

11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 

12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos. Pilatos entregou Jesus à vontade deles.

13Entóo Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:

14'Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e nóo encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais;

15nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte.

16Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.

18Toda a multidão começou a gritar: 'Fora com ele! Solta-nos Barrabás!'

19Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio.

20Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus.

21Mas eles gritavam: 'Crucifica-o! Crucifica-o!'

22E Pilatos falou pela terceira vez: 'Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.'

23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais.

24Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam.

25Soltou o homem que eles queriam - aquele que fora preso por revolta e homicídio - e entregou Jesus à vontade deles. Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! 

26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus.

27Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele.

28Jesus, porém, voltou-se e disse:  'Filhas de Jerusalém, nóo choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!

29Porque dias virão em que se dirá: Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram'.

30Entóo começarão a pedir às montanhas: 'Caí sobre nós! e às colinas: 'Escondei-nos!'

31Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?'

32Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!

33Quando chegaram ao lugar chamado 'Calvário', ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda.

34Jesus dizia: 'Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!' Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. Este é o Rei dos Judeus.

35O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo: 'A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!'

36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,

37e diziam: 'Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!'

38Acima dele havia um letreiro: 'Este é o Rei dos Judeus.' Hoje estarás comigo no Paraíso.

39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: 'Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!'

40Mas o outro o repreendeu, dizendo: 'Nem sequer temes a Deus,tu que sofres a mesma condenação?

41Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal.'

42E acrescentou: 'Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado.'

43Jesus lhe respondeu: 'Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso.' Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.

44Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde,

45pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio,

46e Jesus deu um forte grito: 'Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.' Dizendo isso, expirou. Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.

47O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus dizendo: 'De fato! Este homem era justo!'

48E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido, e voltaram para casa, batendo no peito.

49Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galiléia, ficaram à distância, olhando essas coisas. José colocou o corpo de Jesus num túmulo escavado na rocha.

50Havia um homem bom e justo, chamado José, membro do Conselho,

51o qual não tinha aprovado a decisão nem a ação dos outros membros. Ele era de Arimatéia, uma cidade da Judéia, e esperava a vinda do Reino de Deus.

52José foi ter com Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 

53Desceu o corpo da cruz, enrolou-o num lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado.

54Era o dia da preparação da Páscoa, e o sábado já estava começando.

55As mulheres, que tinham vindo da Galiléia com Jesus, foram com José, para ver o túmulo e como o corpo de Jesus ali fora colocado. 

56Depois voltaram para casa e prepararam perfumes e bálsamos. E, no sábado, elas descansaram,
conforme ordenava a Lei.

Palavra da Salvação.

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