Grávida tem morte cerebral, é mantida viva por 4 meses e dá à luz gêmeos


Os gêmeos Azaphi e Ana Vitória nasceram de 7 meses, pesando pouco mais de 1 kg cada um. Estão na UTI neonatal de um hospital no Paraná e, de acordo com os médicos, estão bem, mas necessitam de cuidados especiais como quaisquer bebês prematuros.



O nascimento dos gêmeos foi o ápice de uma verdadeira batalha em favor da vida. A mãe deles, Frankielen da Silva Zampoli, de 21 anos, sofreu uma grave hemorragia no cérebro quando estava no segundo mês de gravidez. Pouco tempo depois, os médicos diagnosticaram a morte cerebral. Ela já não tinha mais chances de viver. Mas, dentro da barriga da jovem, dois coraçõezinhos batiam fortemente, com sede de VIDA.

Foi aí que teve início uma operação de guerra para manter a gravidez e salvar os bebês. Durante cerca de 4 meses, profissionais de várias áreas foram mobilizados. A rara gestação foi acompanhada ininterruptamente por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e até musicoterapeutas, que levavam doces canções para os bebês ouvirem, tentando, assim, reproduzir o afeto e o carinho que, infelizmente, a mãe foi impossibilitada de transmitir aos filhos.



O desafio dos médicos era manter a pressão arterial da mãe e os níveis adequados de oxigenação, hormônios e nutrientes que precisavam ser transferidos para os bebês e garantir o desenvolvimento deles. E deu tudo certo! Depois de 123 dias de luta, o corpo da mãe já não reagia mais. Os médicos decidiram, então, fazer a cesariana.

Agora a família convive, ao mesmo tempo, com os sentimentos comuns aos dois extremos da vida: o nascimento vitorioso dos bebês e a morte da guerreira Frankielen. 

Via Aleteia
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