EMOCIONANTE - Gêmeo Siamês separado envia mensagem para o Pai


O gêmeo siamês que sobreviveu à cirurgia de separação, Heitor Rocha Brandão, de 5 anos, aparece em um vídeo publicado nas redes sociais dizendo que sairá em breve da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. No entanto, segundo a unidade de saúde, não há previsão de alta. Boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira (13) informa que o menino segue em estado grave, mas estável.



A gravação foi publicada pelo pai de Heitor, Delson Brandão, na noite de quinta-feira (12). O menino aparenta estar bem no vídeo e diz: “Pai, estou sentindo muito a sua falta e também, logo, logo eu vou sair daqui”. A criança encerra a gravação mandando um beijo para o pai.

Em outro vídeo compartilhado pelo pai nesta manhã, o médico responsável pela separação, Zacharias Calil, dá um pirulito para a criança. Em seguida, Heitor conta para o cirurgião a história de um livro infantil.

O hospital informou que o paciente respira com o auxílio de oxigênio inalatório. Além disso, ele continua com dieta líquida, pois seu intestino, aos poucos, está voltando a funcionar.
Heitor está internado na UTI do hospital desde a cirurgia de separação de seu irmão, Arthur, no dia 24 de fevereiro. Três dias depois, Arthur sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu. Ele foi enterrado em Botuporã, na Bahia, cidade em que mora a avó paterna.




Caso

Natural de Riacho de Santana, cidade do interior da Bahia, a mãe dos siameses, Eliana Ledo Rocha Brandão, veio a Goiânia um mês antes do nascimento dos filhos para que eles tivessem acompanhamento desde o parto, em maio de 2009. Os gêmeos eram unidos pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhando o fígado e genitália.

Após o nascimento, ela voltou para a terra natal por um período e, desde 2010, mora em Goiânia com os siameses. O marido e a filha mais velha, de 7 anos, continuaram no Nordeste.

Antes da cirurgia, Eliana afirmou que, apesar das restrições físicas, os filhos não possuíam nenhum problema cognitivo. Com personalidades “totalmente diferentes”, os gêmeos sonhavam com a cirurgia, segundo a mãe. "Eles querem se separar, não querem desistir porque sabem que vão ter liberdade, uma independência maior, poder ir sem precisar da permissão do outro", disse a mãe antes do procedimento.

Desde que nasceram, eles eram preparados para a cirurgia de separação. Os siameses passaram por 15 procedimentos cirúrgicos, entre eles alguns para implantação de expansores no corpo para que tivessem pele suficiente para a separação. Os meninos só alcançaram as condições necessárias para a cirurgia neste ano.






Segundo o pai dos gêmeos afirmou no último dia 2 de março, o filho sobrevivente não perguntou mais do irmão após sua morte. Em um texto postado em uma rede social, ele diz acreditar que o filho "sabe ou sente" que o irmão não está mais ali e que só vai contar o que ocorreu quando Heitor questionar onde está o irmão. Fonte: G1



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